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 | Arquivo da família
| Foto: Arquivo da família

Basta conhecer um dos dados biográficos mais simples de Eunice Independência Glück Pombo para descobrir a razão do seu segundo nome: ela nasceu em 7 de setembro de 1922, em Curitiba. Comemorava-se os cem anos da Independência do Brasil.

A ideia de homenagear a emancipação do nosso país no nome da pequena Eunice partiu do pai – um militar bastante patriota – João Moreno do Brasil Pombo. "Havia nacionalismo tanto no nome do pai quanto no da filha", observa Augusta, irmã de Eunice.

O pai não poderia imaginar que o segundo nome praticamente viria a definir a personalidade de Eunice. "Ela era muito independente e gostava de viver do seu jeito. Esse é um dos motivos pelos quais ela nunca se casou", comenta Augusta. Na infância, ajudava a mãe, Maria do Rosário, nos afazeres domésticos; o irmão Ayrton saía vendendo os tomates que o pai cultivava nos fundos de casa.

João era muito exigente em relação aos estudos e queria que os filhos conquistassem seus diplomas. Por causa das recorrentes transferências do militar, Eunice frequentou as aulas no Grupo Dom Pedro II, na capital, e também em colégios de Castro, nos Campos Gerais, e no Rio de Janeiro (RJ).

Formada pela Faculdade de Ciências e Letras do Paraná, ela começou a vida profissional lecionando Latim e Francês no Colégio Rio Branco, em Curitiba, entre abril de 1945 e dezembro de 1954. Também atuou em outras instituições: os colégios Sagrado Coração de Jesus, Santa Terezinha, Sion e Tiradentes, e ainda no General Carneiro, na Lapa.

Viveu um dos momentos mais importantes de sua carreira no Colégio Estadual do Paraná (CEP), no qual dirigiu o antigo "Setor de moças", já que as turmas eram separadas por sexo naquela época. "Ela era bastante rígida, mas, ao mesmo tempo, amada pelos alunos", ressalta Augusta.

A "Mademoiselle Pombô" – como também era conhecida por alunos e amigos – esteve na França em diversas ocasiões e aprimorava seus conhecimentos sobre o idioma que mais ensinou ao longo da vida.

Pessoa de confiança da célebre Madame Hélène Garfunkel – que foi diretora da Aliança Francesa em Curitiba –, Eunice não só lecionou como também foi presidente do conselho da instituição por 21 anos. A dedicação ao ensino da língua francesa fez dela uma comendadora – título que recebeu do então presidente francês François Mitterrand. No tempo livre, gostava de preparar coq au vin (receita que leva carne de galo e vinho) e de ouvir música clássica.

Quando Eunice completou 90 anos, em 2012, uma nota publicada na coluna de Reinaldo Bessa, na Gazeta do Povo, despertou a saudade de dois ex-alunos. "Eles não tinham notícias da Eunice havia muito tempo. Fizeram questão de visitá-la, trouxeram presentes e comentaram o quão importante foi o papel dela na formação deles", lembra Augusta. Deixa duas irmãs e dez sobrinhos.

Dia 14 de novembro, aos 92 anos, ­de falência de múltiplos órgãos, em Curitiba.

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Anezia Coutinho, 79 anos. Profissão: do lar. Filiação: Juvêncio Rodrigues de Freitas e Geracina Coutinho. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da capela do Cemitério Municipal de Eldorado (SP). Arlete Antônio Souza Hintz, 57 anos. Profissão: do lar. Filiação: Ademar Antônio Souza e Ildegart Orlaminder. Sepultamento ontem. Armandina Lopes Feldman, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antenor Lopes e Santa Felipe Resende Lopes. Sepultamento ontem. Benedito Mariano da Silva, 86 anos. Profissão: lavrador. Filiação: João Mariano da Silva e Antônia Maria de Jesus. Sepultamento ontem. Benedito Marques de Carvalho, 86 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Pedro Marques de Carvalho e Eugenia Caneda da Silva. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da capela mortuária em Siqueira Campos (PR). Berval Antônio Jurchaks, 48 anos. Profissão: encarregado de manutenção. Filiação: Valdir Jurchaks e Izabel Galvão Jurchaks. Sepultamento às 15h, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela 1. Clara Lídia de Castro, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: José de Castro e Luíza Izabel de Castro. Sepultamento ontem. Cleberton Aparecido Santana, 28 anos. Profissão: mecânico. Filiação: Ivo Aparecido Santana e Suzana Ferreira da Silva Santana. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da capela do Cemitério Municipal de Assaí (PR). Clélia Dall Aqua Linzmeyer, 93 anos. Profissão: do lar. Filiação: Ângelo Dall Acqua e Marina Sbordelatto dal Acqua. Sepultamento às 17h, no Cemitério Parque Iguaçu. Dircea Nascimento Veiga, 94 anos. Profissão: do lar. Filiação: Estevam Ribeiro do Nascimento Júnior e Dulce Martins Nascimento. Sepultamento ontem. Eronir Ferreira Andrade, 48 anos. Filiação: Sezinando Ferreira de Andrade e Constantina Ferreira de Andrade. Sepultamento às 16h, no Cemitério Paroquial Santa Felicidade, saindo da capela mortuária do Cemitério Paroquial do Orleans. Fátima Aparecida da Silva, 56 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Geraldo de Souza e Aparecida Freitas de Souza. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo do Cemitério Municipal Boqueirão - capela 2. Geraldo Ferreira de Oliveira, 62 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Romualdo Ferreira de Oliveira e Maria Elena de Oliveira. Sepultamento ontem. Irene Wormsbecher, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Rodolpho Wormsbecher e Maria Wormsbecher. Sepultamento ontem. Ivedson Schlemper, 38 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Edson Schlemper e Guiomar da Rosa Schlemper. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Metropolitano, em Fazenda Rio Grande.

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