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| Foto: Divulgação/ FAEP

Hélio Teixeira era um torcedor fanático. Quando o Atlético foi Campeão Brasileiro, em 2001, quase gerou um incidente diplomático na Itaipu Binacional: queria colocar uma gigantesca bandeira vermelha e preta na barragem, do Brasil ao Paraguai. Convencido por mais de uma pessoa sobre os possíveis problemas institucionais da manifestação esportiva, acabou colocando apenas um pano no lado brasileiro da fronteira. Em seus inúmeros escritórios na vida, o Furacão sempre marcou presença de alguma forma.

Em alguns eventos públicos – trabalhou como assessor de políticos de José Richa e Mário Covas –, fez soar o hino atleticano, o que resultou em alguns apupos. Dos períodos românticos do Joaquim Américo, familiares lembram-se do curioso hábito de pular o cercadinho do estádio para conferir os treinos da equipe.

A rotina do jornalista, fortemente influenciado pela revista Realidade, era sanguínea, de imersão. Acordava às 6h30, lia a Gazeta do Povo, escutava a CBN até as 7h30 e depois colocava na BandNews, no programa do Ricardo Boechat. Então ia oficialmente começar a jornada de trabalho. Consumia informações onde estivesse, e à noite conferia o Jornal Nacional, seguido de incursões pela Globo News. Afirmava que jornalismo não era executar o expediente e ir embora. Não era um burocrata da informação.

Nascido em Palmeira, nos Campos Gerais, formou-se pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Trabalhou na Veja e ganhou um prêmio Esso. Foi repórter da Placar e do Jornal do Brasil. Dínamo, cobriu guerras, greves , maternidades. No período à frente da Itaipu Binacional – foi superintendente de comunicação social – revolucionou o entendimento do jornalismo empresarial no Brasil. O modelo implantado era baseado menos em números e mais em histórias e presencialidade. Recebeu diversos prêmios internacionais e popularizou na redação local a expressão Projeto TBC, de “Tire a B... da Cadeira”. Trabalhava na Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) há seis anos.

Era reconhecido por ser uma pessoa muito vibrante, capaz de abraçar cargas descomunais de atividades. Lia diversos livros ao mesmo tempo – nem sempre até o fim – e era de priorizar o contato com a equipe de trabalho. Não gostava do jornalismo por telefone e dizia que tudo ocorre muito rápido atualmente. Mudou-se de casa incontáveis vezes e gostava de pescar para desopilar um pouco, embora fizesse isso com capacidade duvidosa.

Hélio fumava muito. Também tomava café além do bom senso. Roía as unhas com constância – os períodos de abstinência até eram comemorados – e não foi exatamente religioso. Teve intensidade no uso de palavrões nas conversas informais. Era amigo de mover geografias. Fazia o que podia quando colegas de redação eram demitidos. Viajava de um estado ao outro para apresentá-los às pessoas certas e dava um jeito de ser solidário e efetivo em suas derrotas profissionais. E nas vitórias. Quando Nilson Monteiro foi condecorado com o título de cidadão honorário de Londrina, Hélio organizou, juntamente com Ernani Buchmann, uma caravana de curitibanos para assistir à entrega do título.

Ouvido atento, nos anos 1970, foi a Londrina entrevistar os dois candidatos à prefeito – Antonio Belinati (MDB) e Neco Garcia (Arena), grande criador de gado – em uma matéria para a Veja. Corria um boato na cidade de que os eleitores da oposição teriam dito que o seu candidato ganharia porque “boi não vota”. À beira da piscina da casa de Neco, a esposa do arenista retrucou, sem maiores pretensões: “o Neco vai ganhar porque burro não vota”. A matéria saiu na Veja com destaque e desestabilizou a candidatura de Neco.

Era um contador de histórias, divertido, agitado. Sexagenário, ganhou de presente o livro O Sexo Depois dos 60 Anos. Horas depois ligou ao amigo, revoltado, por o livro ser todo em branco. Detestava o apelido “Badanha”, de origem incerta e aparentemente pouco gloriosa.

Generoso e acolhedor com os colegas de trabalho, independente da idade e experiência, Hélio andava mais recolhido nos últimos tempos. Estava revendo menos os amigos e fugindo de eventos sociais. Queria curtir a família e a netinha Isabela. Gostava muito de MPB, principalmente Chico Buarque. Em seu carro, sempre tocava Frank Sinatra. Dizia que, quando morresse, queria que se fizesse ouvir em seu enterro a canção My Way. Não tocou. Deixa a esposa, Iva, dois filhos e dois netos.

Dia 23 de julho, aos 65 anos, de complicações causadas por uma pneumonia, em Curitiba.

Lista de falecimentos - 31/08/2015

Adir Sebastião Arruda dos Santos, 58 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Saturnino Arruda dos Santos e Nadir Ferreira dos Santos. Sepultamento ontem.

Anna Domingues da Costa, 97 anos. Profissão: costureira. Filiação: Manoel Domingues da Costa e Izabel Becker. Sepultamento ontem.

Arnoldo Carzino, 91 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: Almicar Carzino e Natália Carzino. Sepultamento ontem.

Denilson dos Santos, 47 anos. Profissão: borracheiro. Filiação: Benedito dos Santos e Ana de Souza Santos. Sepultamento ontem.

Dirce Terezinha Orivis, 48 anos. Profissão: vendedora. Filiação: Eugênio Orivis e Madalena Partika. Sepultamento ontem.

Edgar Munchen, 84 anos. Profissão: artesão. Filiação: João Munchen Filho e Olga Kraemer. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

Etelvina de Camargo Pereira, 74 anos. Profissão: do lar. Filiação: Francisco Cordeiro Camargo e Edavina Batista Camargo. Sepultamento hoje, em local a definir.

Everton Silva Alves, 22 anos. Profissão: farmacêutico. Filiação: Dorval Roldao Alves e Maria de Fátima Batista Silva. Sepultamento ontem.

Everton de Paula Silva, 27 anos. Profissão: serralheiro. Filiação: Ezequias Cândido da Silva e Silvana Aparecida de Paula Silva. Sepultamento ontem.

Florinda Ribeiro Bonfim de Lima, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Pedro Ribeiro Bonfim e Donaria Maria Almeida. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Almirante Tamandaré.

Francisco Assis de Freitas, 59 anos. Filiação: Antônio de Freitas e Maria da Luz Pedroso de Freitas. Sepultamento ontem.

Geni Clara Ramos Faquinello, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Salustiano Fortunato Silveira Ramos e Luciana Maria da Cruz. Sepultamento ontem.

Gentil Vieira da Rosa, 79 anos. Profissão: policial civil. Filiação: Osório Vieira da Rosa e Lucilia Pinto da Costa. Sepultamento ontem.

Geraldo Alves dos Santos, 58 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: Manoel Alves dos Santos e Bernadete Ribeiro dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

Gilberto Guimarães, 48 anos. Profissão: policial militar. Filiação: José Guimarães e Delourdes Krefta Guimarães. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Abranches.

Hélio Padilha, 68 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Clemente Cândido Padilha e Benedita das Dores Padilha. Sepultamento ontem.

Irene Lins Biernaski, 70 anos. Profissão: do lar. Filiação: Paulino Lins e Maria da Conceição. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela do Cemitério de Bateias.

Irlene Terezinha Belnoski, 67 anos. Profissão: do lar. Filiação: Arnaldo José Strasbach e Helena Cionek Strasbach. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu.

Irma de Morais Ferreira, 65 anos. Profissão: auxiliar administrativo. Filiação: Antônio Augusto de Morais e Salvatina Maria de Jesus. Cerimônia hoje, no Crematório Vaticano.

Izaias Prestes de Santana, 56 anos. Profissão: mestre obras. Filiação: José Mateus Santana e Maria Prestes Santana. Sepultamento hoje, no Cemitério Vaticano.

Joaninha de Lourdes Coradini Pinheiro, 71 anos. Profissão: agente administrativo. Filiação: Mário Coradini e Custodia Martins Coradini. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Paz.

João Luiz Ferreira, 66 anos. Profissão: encanador. Filiação: José Luiz Ferreira e Manoela Valentina de Jesus. Sepultamento ontem.

Josepha Zapora, 98 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Zapora e Maria Zapora. Sepultamento ontem.

Leonardo Ventura Mendes, 83 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Irineu de Paula Mendes e Maria Lucinda Ortega. Sepultamento ontem.

Lincoln Dantas Lopes, 25 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Jonas Teixeira Lopes e Isabel Hervis Dantas Lopes. Sepultamento ontem.

Manuel Agostinho Gonçalves Machado, 85 anos. Profissão: comerciante. Filiação: José Joaquim Machado e Antônia da Silva Gonçalves. Sepultamento hoje, Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais.

Nair Correa Rosa, 76 anos. Profissão: enfermeira. Filiação: Jonas Lima Correa e Sebastiana Rodrigues de Lima. Sepultamento ontem.

Nereu Buch, 83 anos. Profissão: montador. Filiação: Brazilio Buch e Maria Muller. Sepultamento ontem.

Neusa Ribas, 75 anos. Profissão: do lar. Filiação: Nicacio Ribas e Laurentina Ribeiro Ribas. Sepultamento ontem.

Noemir Narciso, 94 anos. Profissão: do lar. Filiação: Quintino Narciso e Maria Stifanir. Sepultamento ontem.

Omir Faustino, 84 anos. Profissão: policial civil. Filiação: Belarmino Faustino e Maria Faustina. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde.

Oziel Freitas Vieira, 33 anos. Profissão: eletricista. Filiação: Antônio de Paula Vieira e Casturina Vieira. Sepultamento ontem.

Paulo Alcion de Oliveira, 59 anos. Profissão: analista. Filiação: Jubal Henrique Oliveira e Maria Lusdete de Oliveira. Sepultamento ontem.

Paulo Jair de Lima, 61 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Samuel Rodrigues de Lima e Eunice Batista de Oliveira Lima. Sepultamento ontem.

Rejane Aparecida de Paula, 55 anos. Profissão: do lar. Filiação: Adão Moacir de Paula e Zilma Teresinha Penteado de Paula. Sepultamento ontem.

Rosemary de Lucas, 64 anos. Profissão: do lar. Filiação: João José de Lucas e Ester Martins. Sepultamento ontem.

Salete Agottani, 61 anos. Profissão: agente administrativo. Filiação: Inácio Rodrigues Fernandes e Maria Emiliana Vicente. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais.

Sirlene da Silva dos Santos, 56 anos. Profissão: cozinheira. Filiação: José Geremias da Silva e Rosa Kotsko da Silva. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Bom Jesus dos Passos, em Piraquara.

Tadeu Cassemiro Posnik, 78 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Inácio Posnik e Maria Posnik. Sepultamento ontem.

Valentina Coelho Pereira, 1 anos. Filiação: Marcelo Luz Pereira e Danielle de Souza Coelho Pereira. Sepultamento hoje, em local a definir.

Wilson Pereira, 72 anos. Profissão: bancário. Filiação: Orosimbo Pereira e Maria Pereira. Sepultamento ontem.

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