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 | Arquivo da família
| Foto: Arquivo da família

Altas horas, os donos de bares costumam ter um problema: livrar-se dos fregueses que se agarram a uma garrafa e não vão embora nem quando Maria Bonita já está acordada para fazer o café. O catarinense Hermes Rodrigues – fundador de um dos templos da boemia curitibana, o Hermes Bar – resolvia a situação sem melindrar os bebuns mais devotados. O homem pequeno subia na mesa e gritava que os ônibus tinham começado a circular. Que se fossem. Nem o mais convicto dos notívagos ousava desobedecer.

Hermes nasceu em Itajaí (SC), de uma família de 11 filhos – mãe italiana, pai nordestino, mistura responsável por seu lendário temperamento apimentado. Afetivo, também podia sair dando cabeçadas – literalmente – quando lhe pingava a última gota de paciência. De resto, era um dos milhares de trabalhadores do Brasil: estudou pouco, trabalhou cedo, passando de operário da fábrica de botões a um dos mais notórios papas by night pinheirais.

Dois empregos em carteira o marcaram a ferro. Do período em que atuou como balconista da Farmácia Minâncora carregou para a vida um dos muitos chavões que adorava repetir – "cura todas as feridas", repetia volta e meia, referindo-se não à pomada milagrosa, mas a Hermes, o próprio. Arrancava risadas. Dos tempos de garçom, a exemplo dos tempos de Bar Alvorada, guardou o traquejo para lidar com a clientela dada aos prazeres etílicos. Saía-se tão bem que os amigos suplicavam que seguisse carreira no balcão. Que tivesse um bar para chamar de seu.

De acordo com o filho caçula Hemerson Rodrigues, 44 anos, o pedido oficial para que Hermes abrisse seu próprio negócio foi feito debaixo de aclamações democratas, no Pot Chopp – na Muricy com a José Loureiro. Em 1961, surgia o Hermes Bar, que passou por vários endereços, como a Praça Espanha, até se firmar na Avenida Iguaçu, esquina com a Rua Alexandre Gutierrez. O ponto era conhecido. Havia abrigado o familiar secos e molhados Esperança, tinha o respeito da freguesia, e agora atraía jornalistas, artistas e – uma heresia então – permitia a entrada de mulheres desacompanhadas. Um bas-fond.

Só não era mais perfeito porque o Hermes Bar vivia ao sabor dos humores do Rio Água Verde, que passava por baixo do estabelecimento – e às vezes por cima também. Por ironia, justo a zona insalubre se tornou seu maior trunfo. Depois de colocar o "Água Verde" pelos canos aqui e ali, Hermes implantou no subsolo o "boteco com música ao vivo", moda em praças como Rio e São Paulo. Começou com o samba de roda, passando por gêneros como a canção, dor de cotovelo, fossa e bossa nova. Em pouco tempo, os baixios do Hermes passaram a ser chamados de "Porão Sagrado". Os talentos culinários de dona Bartinha, irmã do dono, completavam o pacote.

Bom bebedor – Hermes raramente trançava as pernas, prova de sua resistência para atuar no ramo –, fazia o tipo incansável. Era capaz de atender à mesa, servir os acepipes, entregar-se a um rabo-de-saia ("bico doce" diplomado), aturar os chatos e ainda cantar standards de Nelson Gonçalves e Caymmi, tudo isso com a frescura de quem sai do banho. E sempre a pedidos, mesmo que tivesse como convidado no bar Jards Macalé ou Ângela Rô-Rô, para citar dois dos muitos artistas que contratou nas duas décadas em que foi empresário da noite.

O bar ficou tão famoso que não saiu da moda nem quando – debaixo de protestos – Hermes teve seu dia de Greta Garbo e decidiu sair de cena. Foi em 1986. Os novos donos mantiveram o nome e o porão, no qual arriscaram outros estilos, como o jazz, o rock e o punk. Caso algum imberbe da nova guarda perguntasse se Hermes era uma homenagem ao deus grego, bastava apontar o dedo para uma das mesas e localizá-lo: de dono o Hermes passou a freguês. Também podia ser visto no Bar Stuart e no Pantera Negra [vulgo Gato Preto].

"Nunca se arrependeu da boemia. Foi feliz assim", decreta o filho, que o acompanhava nas rondas noturnas, não raro o levando na garupa de uma moto. Gostava de pescar, de cozinhar e nunca deixou de cantar. Um vídeo doméstico o revela em boa forma vocal, fazendo jus ao jargão publicitário que deu fama ao estabelecimento que criou: "Hermes, quando mais velho, mais bar". Era viúvo de Judite. Deixa cinco filhos.

Dia 27 de setembro de 2014, aos 86 anos, de complicações de um câncer de próstata, em Curitiba.

Ademir Bueno da Costa, 22 anos. Profissão: pintor(a). Filiação: Ademir Pereira da Costa e Claudineia Dionizio Bueno. Sepultamento às 9h, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim (São José dos Pinhais), saindo da Capela Comunidade do Jardim Ipe, em São José dos PinhasiPR.

Ailton da Silva, 48 anos. Profissão: gerente. Filiação: Nadir José da Silva e Carmelita Conceição da Silva. Sepultamento ontem.

Alan Fábio dos Santos, 29 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Marlene dos Santos. Sepultamento ontem.

Alexandro Belotto, 26 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Altair Belotto e Ivonete Teresinha Lischineski. Sepultamento às 10h, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo de local a ser designado.

Altamira de Oliveira, 76 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Maria de Lourdes de Oliveira. Sepultamento ontem.

Anice Kerdel, 64 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: João Kerdel e Catarina Vouk Kerdel. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Cândida, saindo da Capela Vaticano - Esmeralda.

Antônia Teixeira dos Santos, 85 anos. Profissão: zelador(a). Filiação: Rufino Teixeira e Emiliana Teixeira. Sepultamento às 15h, em local a definir, saindo de Evangelico Quadrangular , em Porto AmazonasPR.

Antônio Cezar Vidal, 72 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: João Vidal e Serafina Florentino Vidal. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela do Cemitério Municipal de Morretes (PR)..

Arnilda Eleonorea Aumondes, 89 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Both Sobrinho e Maria Josefina Schimitz. Sepultamento ontem.

Aroldo Ferreira de Lima, 55 anos. Profissão: porteiro(a). Filiação: Brasilino Ferreira de Lima e Emília Biscaia dos Santos. Sepultamento ontem.

Benigno Vecino Garrido, 63 anos. Profissão: empresário. Filiação: Benigno Vecino Cotelo e Ramona Garrido Suarez de Vecino. Sepultamento terça-feira, 1 de dezembro de 2015 às 17h, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da Capela Municipal Santa Cândida - Cap. 02 Santa Cândida.

Darci Zeferino Peplow, 73 anos. Profissão: tecnólogo. Filiação: Augusto Peplow Filho e Filomena Emília Peplow. Sepultamento ontem.

Davi de Oliveira Cardoso, 16 anos. Profissão: lavrador. Filiação: José Antônio Santos Cardoso e Benedita Evany Honório de Oliveira. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de residência.

Diego Renato dos Santos, 28 anos. Profissão: jardineiro. Filiação: Luiz Carlos dos Santos e Maria Aparecida dos Santos. Sepultamento ontem.

Elena Alexandre de Lima, 76 anos. Profissão: do lar. Filiação: Ibraim Alexandre dos Santos e Izabel Evangelista dos Santos. Sepultamento ontem.

Elias Absy, 68 anos. Profissão: engenharia de agrimensura. Filiação: João Absy e Maria Aparecida Bonametti Absy. Sepultamento ontem.

Elitom dos Santos Moreira, 20 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Valmir Alves Moreira e Amélia Félix dos Santos Moreira. Sepultamento ontem.

Emy Gomes Guimarães, 91 ano. Profissão: professor(a). Filiação: Ezequiel Andrade Gomes e Maria Hoffmann Gomes. Sepultamento às 9h, no Cemitério Parque Iguaçu.

Felipa Rodrigues de Pontes, 80 anos. Profissão: zelador(a). Filiação: João Rodrigues de Pontes e Maria Gomes de Lima. Sepultamento ontem.

Hilda Santos Bauer, 103 anos. Profissão: do lar. Filiação: José dos Santos e Bernardina Flores Santos. Sepultamento ontem.

Ivanilde dos Santos Ribeiro, 75 anos. Profissão: costureiro(a). Filiação: Clemente Ribeiro dos Santos e Emiliana Júlia dos Santos. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela de Siqueira Campos (PR).

James Robert dos Santos, 25 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Maria Madalena dos Santos de Souza. Sepultamento ontem.

Jesus Franco, 52 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Luiz Franco e Augusta dos Santos. Sepultamento ontem.

Joana Maciejeski, 86 anos. Profissão: cozinheiro(a). Filiação: Leonardo Maciejeski e Josefina Maciejeski. Sepultamento ontem.

Joilse Barbosa Lacerda, 35 anos. Profissão: do lar. Filiação: Amadeus de Andrade Lacerda e Santina Barbosa de Lacerda. Sepultamento às 17h, em local a definir, saindo de residência.

José Cerqueira Neto, 73 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: José Cerqueira Filho e Maria Tenoria de Albuquerque. Sepultamento às 10h, Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de residência.

José Guilherme, 79 anos. Profissão: porteiro(a). Filiação: Sebastião Guilherme e Maria Benedita. Sepultamento ontem.

José Nilson Cordeiro, 42 anos. Profissão: lubrificador(a). Filiação: Domingos Cordeiro e Teresa Maria do Espírito Santo. Sepultamento ontem.

Kelvin de Aguiar Pereira, 22 anos. Profissão: ajudante. Filiação: Paulo de Souza Pereira e Liani Pereira de Aguiar. Sepultamento ontem.

Lourival Zittel, 80 anos. Profissão: motorista. Filiação: Carlos Zittel Sobrinho e Emília Otto Zittel. Sepultamento segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015 às 15h, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo da Capela Municipal do Boqueirão - Capela 0 Cemitério Municipal do Boqueirão.

Margarida Davina Andreatta, 92 anos. Profissão: arqueologia. Filiação: Jacob Perminio Andreatta e Rosa Andreatta. Sepultamento às 10h, no Cemitério Municipal do Água Verde, saindo da Capela Municipal do Água Verde - Capela 02.

Maria Cristina de Moura Ribas, 81 ano. Profissão: do lar. Filiação: Amaro de Moura Ribas e Joana de Moura Ribas. Sepultamento ontem.

Maria José Schimidt Desiderio, 74 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Ernesto Schimidt e Ana Helena Schimidt. Sepultamento ontem.

Maria da Conceição dos Santos Fantin, 49 anos. Profissão: do lar. Filiação: Onofre Fantin e Rosa dos Santos Fantin. Sepultamento ontem.

Marlene das Gracas de Oliveira Pereira, 54 anos. Profissão: doméstica. Filiação: José Fernandes de Oliveira e Silvina de Oliveira. Sepultamento hoje, Cemitério Padre Pedro Fuss (São José dos Pinhais), saindo de Cemitério Padre Pedro Fuss- São José dos Pinhais (PR)..

Paulino de Paula Lima, 71 ano. Profissão: pedreiro. Filiação: Benedito de P Lima e Hermínia M Lima. Sepultamento ontem.

Prudencio Antônio Veiga, 88 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: José Antônio Veiga e Joana Sofia Ceiga. Sepultamento ontem.

Rodrigo Barbosa Ribas, 25 anos. Profissão: estudante. Filiação: Sílvio Barbosa Ribas Filho e Marilu Barbosa Ribas. Sepultamento às 9h, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo da Capela Municipal do Boqueirão - Capela 01 do Boqueirão.

Rodrigo de Souza Paiva, 30 anos. Profissão: polidor(a). Filiação: Hélio de Souza Paiva e Quitéria Teixeira Cavalcanti. Sepultamento ontem.

Ronei Sprada de Lara, 22 anos. Profissão: mecânico. Filiação: Antônio Sprada de Lara e Lídia Terezinha Sprada de Lara. Sepultamento hoje, Cemitério Paroquial N. Senhora. do Rosário (Colombo), saindo de Capela Igreja Católica Matriz de Colombo (PR).

Rubens Almada, 39 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Ermenegildo Almada e Elzira Lopes Almada. Sepultamento às 11h, Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de residência.

Vanyr Martins Tozo, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Martins da Silva Filho e Modesta Cordeiro da Silva. Sepultamento às 9h, no Cemitério Municipal do Água Verde, saindo da Capela Municipal do Água Verde - Capela 01 Capela da Água Verde.

Walber Augusto da Silva, 20 anos. Profissão: servente. Filiação: Eliane Maer da Silva. Sepultamento ontem.

Werner Cunther Mund, 28 anos. Profissão: estudante. Filiação: Ivaldo Mund e Valdete Luzia Dornbusch Mund. Sepultamento às 17h, em local a definir, saindo da Capela 3 Borba Gota.

Serviço

As publicações neste espaço são gratuitas. Faça contato com a Central de Redação, pelo fone (041) 3321-5832, ou por e-mail obituario@gazetadopovo.com.br. As informações constantes na relação de falecimentos são fornecidas pelo Serviço Funerário Municipal. Fone: 3324-9313.

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