• Carregando...

Agostinho Boscardin

Quando Agostinho falava — ora em português, ora em italiano – todos tinham que entender e acatar. Mesmo as palavras que ele inventava, ao misturar os dois idiomas, tinham que ser compreendidas. Com os nove filhos, era ele quem dava a primeira e a última palavra. Só pelo olhar, não havia quem tivesse coragem de contrariá-lo, conta a caçula Ana. Fora de casa, era diferente: simpático e brincalhão. Com a família, não chegava a ser severo, mas mantinha uma postura reservada, fruto da educação rígida que recebeu dos pais e dos avós italianos. Na juventude, adorava pregar peças nas pessoas. Se divertia nas saídas dos "bailes de lampião", quando se escondia no barranco ou em um casebre na beira da estrada. Aí era só passar alguém para fazer barulhos esquisitos e jogar pedrinhas. Dava gargalhadas ao ver cavalheiros educados abandonando as damas para trás enquanto estas corriam tentando não tropeçar no vestido.

Ainda jovem, quis comprar uma terra na região de Irati (centro-sul do estado), e foi pessoalmente pedir um empréstimo ao patrão de sua tia, o interventor Manoel Ribas. Depois da compra, descobriu que no local havia uma pedreira. Ana conta que a partir daí, trabalhou dia e noite, de domingo a domingo, nesta e em outras pedreiras que adquiriu mais tarde. Esse inclusive, era o principal motivo das brigas entre ele e a mulher, Jacy.

Ela achava que o marido trabalhava demais. Antes do casamento, Agostinho havia visto Jacy apenas três vezes, e, segundo a família, não havia nenhum sinal de amor em nenhum dos dois antes de casarem. Tudo aconteceu pela iniciativa da mãe dele que, temendo a possibilidade do filho ir para a guerra, fez um acordo com um vizinho, pai de Jacy. A união acabou dando certo, eles completaram 64 anos de casados. Religioso, ajudou na construção das igrejas de Piraquara, fossem elas católicas ou não. Deixa viúva, nove filhos, 15 netos e 13 bisnetos.

Dia 24, aos 86 anos de complicações nas vias biliares.Quando Agostinho falava — ora em português, ora em italiano – todos tinham que entender e acatar. Mesmo as palavras que ele inventava, ao misturar os dois idiomas, tinham que ser compreendidas. Com os nove filhos, era ele quem dava a primeira e a última palavra. Só pelo olhar, não havia quem tivesse coragem de contrariá-lo, conta a caçula Ana. Fora de casa, era diferente: simpático e brincalhão. Com a família, não chegava a ser severo, mas mantinha uma postura reservada, fruto da educação rígida que recebeu dos pais e dos avós italianos. Na juventude, adorava pregar peças nas pessoas. Se divertia nas saídas dos "bailes de lampião", quando se escondia no barranco ou em um casebre na beira da estrada. Aí era só passar alguém para fazer barulhos esquisitos e jogar pedrinhas. Dava gargalhadas ao ver cavalheiros educados abandonando as damas para trás enquanto estas corriam tentando não tropeçar no vestido.

Ainda jovem, quis comprar uma terra na região de Irati (centro-sul do estado), e foi pessoalmente pedir um empréstimo ao patrão de sua tia, o interventor Manoel Ribas. Depois da compra, descobriu que no local havia uma pedreira. Ana conta que a partir daí, trabalhou dia e noite, de domingo a domingo, nesta e em outras pedreiras que adquiriu mais tarde. Esse inclusive, era o principal motivo das brigas entre ele e a mulher, Jacy.

Ela achava que o marido trabalhava demais. Antes do casamento, Agostinho havia visto Jacy apenas três vezes, e, segundo a família, não havia nenhum sinal de amor em nenhum dos dois antes de casarem. Tudo aconteceu pela iniciativa da mãe dele que, temendo a possibilidade do filho ir para a guerra, fez um acordo com um vizinho, pai de Jacy. A união acabou dando certo, eles completaram 64 anos de casados. Religioso, ajudou na construção das igrejas de Piraquara, fossem elas católicas ou não. Deixa viúva, nove filhos, 15 netos e 13 bisnetos.

Dia 24, aos 86 anos de complicações nas vias biliares.

* * * * * *

Altair Boanerges Barbosa, 25 anos, mecânico, filho de Luís Simão Barbosa e Rosita Aparecida Trovão Pires Barbosa. Sep. ontem.

Amilto Ribeiro Cuooss, 59 anos, mecânico, filho de Gotlipp Cuooss e Laudemira Godoy Ribeiro. Deixa viúva Maria Pontes Cuooss. Sep. ontem.

Aparecida Soares Miliorini, 58 anos, professora, filha de Antônio Soares e Maria do Carmo Nogueira. Deixa viúvo José Carlos Zanin. Sep. ontem.

Benedita Lourenço Lemes, 84 anos, do lar, filha de Eduardo Lourenço da Cruz e Floripa de Souza. Deixa viúvo Pedro Lemes de Oliveira. Sep. às 11 h, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, saindo da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Av. Santa Catarina, 1933, Vila Guaíra.

Caio da Silva Gonçalves dos Santos, 22 anos, autônomo, filho de Luiz Antônio Gonçalves dos Santos e Sueli de Fátima da Silva. Sep. ontem.

César Velasco, 34 anos, soldador, filho de Fermino Velasco e Iva Velasco. Sep. ontem.

Cláudio Manoel Silva, 36 anos, soldador, filho de Ademir Costa da Silva e Ilazir de Andrade Silva. Sep. ontem.

Eulito Zanetti, 85 anos, vendedor, filho de José Praxedes Zanetti Sobrinho e Elvira Zanetti. Deixa viúva Clotilde Bernal Zanetti. Sep. ontem.

Hélio dos Passos Ricardo, 42 anos, vendedor, filho de Armando Ricardo e Jandira dos Passos Ricardo. Sep. ontem.

Heverton Luiz Hening, 23 anos, filho de Nelson de Jesus Hening e Nilza Antunes da Silva. Sep. ontem.

João Boniszewski, 73 anos, autônomo, filho de Boleslau Boniszewski e Janina Colubiewska. Deixa viúva Estefânia Kravicz Boniszewski. Sep. ontem.

Lailson Santos da Costa, 22 anos, filho de Laércio Aparecido da Costa e Nelsina Pereira dos Santos. Sep. ontem.

Luiz Borges Serra, 82 anos, funcionário público municipal, filho de Francisco Borges Serra e Francisca Maria de Jesus. Deixa viúva Lucilla Spagolla Borges. Sep. ontem.

Marculina Carvalho Prestes, 80 anos, do lar, filha de João Carvalho e Paulina Leffeke. Viúva de João Maria de Souza. Sep. ontem.

Maria Pereira de Lima, 96 anos, do lar, filha de José Lima e Marianna Bernardina Pereira. Deixa viúvo Áureo Augusto de Lima. Sep. ontem.

Thiago Isaac Manske da Silva, 20 anos, promotor de vendas, filho de Isaac Sales da Silva e Jucélia Manske Farias. Sep. às 10 h, no Cemitério Ecológico Jardim da Colina, saindo da capela Paulo Frote, Rua Vitório Esbalgueiro, Frei Valentin Hella, Pilarzinho.

Vinícius Malaquias João, 8 anos, filho de Adriano Félix João e Rosilda Malaquias. Sep. ontem.

* * * * * * *

As publicações neste espaço são gratuitas. Faça contato com a Central de Redação, pelo fax (041) 3321-5129, ou por e-mail leitor@gazetadopovo.com.br

Fonte: Serviço Funerário Municipal. Fones 3233-2585 e 3324-9313.

Texto de Adriana Czelusniak

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]