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 | Arquivo da família
| Foto: Arquivo da família

Não é demagogia dizer que Nilson Didoni foi alguém que trouxe luz para a vida das pessoas. Luz dessas com intensidade para deixar a vida mais nítida. Luz que não irradiou só os íntimos – os que mantinha sob sua tutela sentimental – mas, principalmente, os estranhos, centenas deles. Aqueles que ele nunca tinha visto e, especialmente, as pessoas que não conseguiam enxergá-lo.

Didoni foi um oftalmologista que não se contentou em fazer da medicina a sua profissão, fez dela um dom – e o refletiu nos olhos de tantos. No dicionário, catarata é definida como a opacidade do cristalino que impede a entrada de luz nos olhos, acarretando a diminuição da visão e até a cegueira. Ultrapassando a medicina, a semântica e avançando pela literatura de Saramago, Didoni foi, de fato, alguém que transcendeu a visão superficial da vida.

“O doutor Didoni participou da Campanha das Cataratas do Lions Clube de Maringá e fez cerca de 700 cirurgias de catarata gratuitas em seu próprio consultório. Só na minha família, ele fez a cirurgia em cinco pessoas de graça. Era um profissional que não visava o lucro em primeiro plano. Se o paciente pudesse pagar, ele operava; mas se não pudesse, ele operava também. Foi um grande exemplo de ser humano”, afirmou Verdelírio Barbosa, jornalista e ex-governador do Lions Clube Maringá.

Até no momento de se despedir, Gustavo Didoni conta que o pai não deixou de surpreendê-lo. “Pessoas que eu nunca havia visto contavam que tinham vindo de outras cidades só para agradecer ao meu pai pela última vez. Ele não era do tipo que fazia algo para se gabar, ele fazia e ficava bem quietinho, sem pedir nada em troca “, relata.

Nilson era o filho mais velho de cinco irmãos batizados com a letra “N” na inicial do nome. Nascido em Rolândia, no Norte do Paraná, do berço de uma família humilde, perdeu o pai cedo, vítima de um ataque cardíaco enquanto trabalhava em uma plantação de café. Da máquina de costura da mãe saiu o sustento dos filhos e um diploma universitário para cada um deles.

Começou a carreira de oftalmologista em 1980, em Maringá, no Noroeste do estado, onde constituiu família e, mais tarde, fundou um hospital especializado no tratamento dos olhos. Também foi professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Para montar sua própria clínica, em 1982, emprestou dinheiro do tio e do sogro. “Ele era muito disciplinado e tinha muita força de vontade. Durante a semana, ele atendia na clínica em Maringá; nos fins de semana, rodava toda a região para fazer consultas e conseguir um dinheiro extra. Foi uma época em que a gente batalhou muito, mas mesmo assim havia fins de semana que não tínhamos dinheiro para comprar comida”, relembra Malu, ex-mulher de Didoni.

Ao falar do pai, Gustavo deixa uma felicidade rara escapar por entre a fresta dos lábios. “Além de meu melhor amigo, ele era um grande exemplo de caráter.” Respeitar ao próximo foi uma das lições marcantes que ele aprendeu com o pai. “Quando era garoto, estava no clube com meus amigos e fomos pegar uma bola emprestada, mas a funcionária disse que o horário para isso já tinha acabado. Eu, enfezado, disse a ela: ‘por um acaso você sabe quem eu sou? Eu sou filho do doutor Didoni’”. Ao saber da atitude malcriada do filho, Didoni tratou de dar-lhe um corretivo: “quem você acha que é, menino? Você não é melhor do que ninguém. Agora vai aprender como se trata as pessoas com respeito”, relembra o filho das palavras do pai. Didoni puxou-lhe a orelha e só soltou quilômetros depois, quando retornaram ao clube e o garoto pediu desculpas à funcionária.

Serviço

As publicações neste espaço são gratuitas. Faça contato com a Central de Redação, pelo fone (041) 3321-5832, ou por e-mail obituario@gazetadopovo.com.br . As informações constantes na relação de falecimentos são fornecidas pelo Serviço Funerário Municipal. Fone: 3324-9313.

Elencar as paixões e manias de Didoni é tarefa para muitos dias, diz o filho, que o descreve como um bon vivant. Beber uma dose de vermute antes das refeições, colecionar discos de rock, lavar o carro nos fins de semana – faça chuva ou sol –, e torcer para o Santos eram algumas delas.

Mas a marca registrada de Didoni era mesmo o senso de humor. Comediante irremediável, era daqueles que perdem o amigo, mas não a piada. Tinha um trocadilho na ponta da língua para qualquer situação e era especialista em fazer cair a máscara sisuda de qualquer doutor. De caso pensado, só frequentava a academia às quartas-feiras, quando passava antes pela Feira do Produtor, comprava uma sacolada de pasteis e levava-os para o pessoal da academia. Todos se fartavam enquanto ele exercitava a arte de fazer rir.

Didoni estava em casa, em 12 de junho, quando passou mal. Sofreu um enfarte e foi socorrido por um vizinho, que é médico cardiologista, mas não resistiu. Deixa os filhos, Marcela, Gustavo, Daniela; os netos, João Pedro e Luiza; e os irmãos, Neide e Nei.

Dia 12 de junho, aos 65 anos, de enfarte, em Maringá.

Lista de falecimentos - 29/07/2015

Adelaide Monteiro de Santana, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Eloy Monteiro e Ezidia Monteiro. Sepultamento ontem.

Aleixo Knaut, 78 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Ladislau Knaut e Genoveva Skiniski Knaut. Sepultamento ontem.

Antônio Quirino da Costa, 78 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Josué Quirino da Costa e Sebastiana Quirino da Costa. Sepultamento ontem.

Cândida Munaro, 89 anos. Profissão: religiosa. Filiação: Heitor Munaro e Amália Pilatti Munaro. Sepultamento ontem.

Celso João Lidio, 89 anos. Filiação: João Lidio e Custodia Manoel Felipe. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais.

Ceslau Edmundo Parylak, 74 anos. Profissão: agricultor. Filiação: João Parylak e Agniecka Cichecki Parylak. Sepultamento ontem.

Durvalina de Souza, 64 anos. Profissão: doméstica. Filiação: Fernando de Souza Neto e Pascoa Gimenez de Souza. Sepultamento hoje, no Cemitério Padre Pedro Fuss, em São José dos Pinhais.

Eduardo Augusto Particka, 24 anos. Profissão: ajudante. Filiação: Pedro Dirce Particka e Lúcia Pienta Particka. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Campo Magro.

Elisabete Boschetti, 69 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Boschetti e Iracema de F Boschetti. Sepultamento ontem.

Eneida Apparecida Vieira Frederico, 80 anos. Profissão: professora. Filiação: José Custodio Vieira e Sabina Alves Vieira. Sepultamento ontem.

Gabriel da Silva Vital, 19 anos. Profissão: estudante. Filiação: Ronaldo de Almeida Vital e Flávia Cristina da Silva. Sepultamento ontem.

Hermínia Machado dos Santos, 76 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Joaquim Machado e Maria Cândida dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Tranqueira.

Iracema Pinotti Bernardino, 69 anos. Profissão: do lar. Filiação: Hermínio Pinotti e Ana Cardoso Pinotti. Sepultamento ontem.

José Saores de Carvalho, 57 anos. Profissão: comerciante. Filiação: José Soares Filho e Antônia Lins de Carvalho. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

José dos Santos Moura, 47 anos. Profissão: servente. Filiação: Damazio Luiz Moura e Cassilda Gomes dos Santos. Sepultamento ontem.

Luiz Carlos Petroski, 78 anos. Profissão: vendedor. Filiação: Adolpho Petroski e Verônica Petroski. Sepultamento ontem.

Luiz Nowinski, 86 anos. Profissão: maquinista. Filiação: José Nowinski e Branca Nowinski. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial São Marcos.

Luiz Pompeo, 96 anos. Profissão: balconista. Filiação: Francisco Pompeo e Emília Pompeo. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Paz.

Manoel Messias dos Santos, 97 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Sinfronio Messias dos Santos e Maria Messias dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial São Marcos.

Maria Dominicia Delfes, 68 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Maria Teles e Ernestina Alves Mota. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem.

Maria Gisele Balabuch, 35 anos. Profissão: administradora. Filiação: Bernardo Balabuch e Janete Barbiero Balabuch. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde.

Maria Rosane de Jesus Barboza, 44 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Vicente Pereira de Jesus e Cecília Soares de Jesus. Sepultamento ontem.

Maria de Lourdes de Lima, 70 anos. Profissão: do lar. Filiação: Marcelino Rodrigues dos Santos e Guilhermina da Silva de Lima. Sepultamento ontem.

Mário Pereira Lopes, 81 anos. Profissão: mecânico. Filiação: Sebastião Lopes e Ramona Alher. Sepultamento ontem.

Martha Lopes Rodrigues, 53 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Rodrigues Lopes e Inêz Matilde de Nazaré. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão.

Mauro Castellano, 64 anos. Profissão: empresário. Filiação: Adyr Castellano e Ana Castellano. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade I.

Neiry Lopes Guido, 56 anos. Profissão: cozinheira. Filiação: Benedito Lopes e Alzira Gomes de Oliveira. Sepultamento ontem.

Nildo Sadi Laurindo, 70 anos. Profissão: vendedor. Filiação: José Laurindo e Elfrida Laurindo. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem.

Osny Schmal, 83 anos. Profissão: advogado. Filiação: Edilberto Schmal e Agenlina Prospero Schmal. Sepultamento ontem.

Paulo Lucas da Silva Santos, 15 anos. Profissão: estudante. Filiação: Ednaldo Paulo dos Santos e Josileide Ferreira da Silva. Sepultamento hoje, Cemitério Jardim Independência, em Araucária.

Regina Maria Breithaupt de Araújo, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: Carlos Victor Breithaupt e Marina Carnasciali Breithaupt. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.

Renato Antônio Guidolin, 61 anos. Profissão: contador. Filiação: Antônio Guidolin e Maria Dulce Guidolin. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde.

Rodrigo Pereira do Amaral, 34 anos. Profissão: pintor. Filiação: Hugo Borges do Amaral e Sueli Aparecida Pereira do Amaral. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans.

Rogério Francisco Dacol, 72 anos. Profissão: bancário. Filiação: Abdy Dacol e Hermínia Bernardina Dacol. Sepultamento ontem.

Rosa Andrieski Ceci, 94 anos. Filiação: Matheus Andrieski e Antônia Zacarke. Sepultamento ontem.

Rosália Rodrigues Ferreira, 73 anos. Profissão: do lar. Filiação: Giacomo Geremia Chiarani e Angelina Zanuso. Sepultamento ontem.

Rosana Aparecida de Jesus, 43 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Castorino de Jesus e Ana Maria de Lima. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Campina Grande do Sul.

Santa Puncinelli Alves, 83 anos. Profissão: professora. Filiação: Ferrucio Puncinelli e Angelina Pillan. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais.

Sérgio de Jesus Manika, 55 anos. Filiação: Albino Kubis Manika e Rosa Pinto Culik Manika. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Cândida.

Tamatsu Iriguti, 76 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: Paulo Hiriguti e Kobara Hiriguti. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo de residência.

Vangelina Pedro da Silva Oliveira, 96 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Pedro da Silva e Maria Juliana de Azevedo. Sepultamento ontem.

Wilson Flores Filho, 38 anos. Profissão: estudante. Filiação: Wilson Flores e Ana Maria Pegoraro. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu.

Condolências

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