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 | Arquivo da família
| Foto: Arquivo da família

O curitibano Odair Cooper parecia um homem predestinado a trabalhar no ramo funerário. Seu sobrenome, em irlandês, significa fabricante de caixões. Na Irlanda, tradicionalmente, a família Cooper esteve sempre ligada a esse setor comercial. Antes mesmo de descobrir a origem do sobrenome, Daio, como era mais conhecido, iniciou na atividade a convite de vizinhos. Produzia barris e engradados de madeira para transporte de diversos materiais. Certo dia precisou fabricar um caixão para um vizinho. A família dele estava sem dinheiro na ocasião. A partir daquele episódio passou a investir nessa atividade.

Daio comprou um bar perto de sua casa e passou a administrar o local, que servia como seu principal sustento, na década de 1960. Ao mesmo tempo em que tocava o negócio, fabricava os caixões e vendia-os para funerárias. Incomodado com o pouco lucro nas peças, sempre artesanais e entalhadas com flores feitas à mão, decidiu que compraria sua própria funerária. Em 1984, pouco mais de 20 anos depois de comprar o bar, decidiu fechá-lo e adquiriu sua própria empresa fúnebre, a Medianeira.

Apesar da morte ser sempre um assunto delicado, Daio sabia lidar da melhor maneira com a situação. Tinha verdadeira paixão pela sua função. Dizia que sua missão era ajudar as famílias no momento mais difícil. Seu legado como profissional foi sempre o respeito ao falecido. Tratava todos como se tivesse cuidando de seus familiares. Ele fez escola na família Cooper. Atualmente são três gerações trabalhando no ramo. Os cinco filhos, netos e outros parentes possuem as próprias funerárias ou trabalham na Medianeira.

Serviço

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Parte do tempo do empresário era dedicado à criação de aves. Sempre gostou dos animais, cuidava em casa de passarinhos e galinhas. Quando iniciou as atividades funerárias, passou também a criar pombos brancos. As aves faziam parte das homenagens fúnebres oferecidos pela Medianeira. Cuidava delas todos os dias, com muita atenção. Fazia questão de organizar pessoalmente as revoadas de pombos, fizesse chuva ou sol.

Quando jovem, Daio era um excelente músico. Costumava tocar pistão em bailes pela cidade. Foi em uma das festas que conheceu sua esposa, Anastácia Kindrazki. No intervalo da apresentação, ele chamou a jovem para dançar. Enquanto conversavam, prometeu que faria dela uma mulher muito feliz. Foram mais de 60 anos de casados. Fazia questão de levar o café da manhã na cama todos os dias para a esposa. Aos filhos Reinaldo, Soeli, Marlene, Edson e Ezequiel fez questão de ensinar a virtude da paciência. Durante os 86 anos, foram poucas as vezes em que perdeu a calma. Quando tinha de dar um conselho para resolver conflitos, dizia sem titubear: brigar não dá futuro.

Daio sofria com a diabetes e os altos e baixos nos níveis de glicemia no sangue. Foi internado com uma crise da doença no fim de junho. Quando tentavam conter a alteração, ele sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.

Todos os anos de dedicação para minimizar a dor das famílias que perderam um ente querido foram lembrados em uma grande cerimônia de despedida. “Ele teve o maior velório que eu já vi em todos os anos de profissão”, conta a neta Mylena Cooper. Chuvas de pétalas de rosa, marchas tocadas por violinos, balões vermelhos e inúmeras coroas de flor fizeram parte da despedida. Para finalizar o velório, uma grande revoada de pombos foi organizada. Ao todo, 500 animais sobrevoaram o céu, simultaneamente, em cinco cidades em que Odair, o Daio, era querido.

Dia 29 de junho, aos 86 anos, de parada cardíaca, em Curitiba.

Colaborou: Getulio Xavier.

Lista de Falecimentos - 12/07/2015

Aglaci de Fátima Marquetti, 48 anos. Profissão: técnico laboratório. Filiação: Antônio Marquetti e Olga Marquetti. Sepultamento ontem.

Alaide Campos, 74 anos. Profissão: zelador. Filiação: José Campos e Maria Francisca Campos. Sepultamento ontem.

Angeliki Papalexiou, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: Dimitri Negri e Georgia Negri. Sepultamento ontem.

Bereny Bastos, 76 anos. Profissão: auxiliar de produção. Filiação: Bonifácio Bastos e Antônia Vargas Bastos. Sepultamento ontem.

Caina Teixeira Gomes, 2 meses. Filiação: Adriano Teixeira Gomes e Adriana Soares da Silva Gomes. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de Igreja Evangélica Assembleia de Deus , no Bairro São Cristovão em Matelandia-PR.

Clara de Lara Coitinho, 62 anos. Profissão: do lar. Filiação: Joaquim Cardozo Leal e Anestina Pereira de Lara. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Campo Magro, saindo de residência.

Cleusa Petersen, 70 anos. Profissão: do lar. Filiação: Marcelino Dutra e Janira Dutra. Sepultamento ontem.

Dilce Batista de Oliveira, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manoel Antônio Batista e Eugenia Baptista de Miranda. Sepultamento ontem.

Edenilson Barbosa dos Santos, 24 anos. Profissão: auxiliar. Filiação: Airton Barbosa dos Santos e Maria Zilda Barbosa dos Santos. Sepultamento ontem.

Jayme Benjamin Guelmann, 84 anos. Profissão: médico. Filiação: Moyses Guelmann e Esther Guelmann. Sepultamento hoje, Cemitério Israelita Santa Cândida, saindo da Capela Mortuária do Água Verde.

João Antônio Veiga Kuss, 69 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Aníbal Veiga Kuss e Gertrudes Hanig Kuss. Sepultamento ontem.

Lúcia Aparecida Rodrigues, 64 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Raul Rodrigues e Maria Rosa Rodrigues. Sepultamento ontem.

Luiz Carlos de Paula, 64 anos. Filiação: Antônio de Paula e Aurora de Paula. Sepultamento ontem.

Maria Sirley Rodrigues de Lima, 60 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Gonçalves Rodrigues e Elarina Marques Rodrigues. Sepultamento ontem.

Noêmia Schelesky de Araújo, 85 anos. Profissão: professora. Filiação: Eusteplinio Schelesky e Esther Santos Schelesky. Sepultamento ontem.

Paulo Roberto da Silva, 64 anos. Profissão: contador. Filiação: Avelino Antônio da Silva e Dejanira Pires da Silva. Sepultamento ontem.

Pedro Wrochinski, 67 anos. Profissão: carregador. Filiação: Aloisio Wrochisnki e Estanislava Wrochinski. Sepultamento ontem.

Ponceano José Lopes, 80 anos. Profissão: militar. Filiação: João Lopes e Albertina Cardoso Lopes. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal do Água Verde, saindo da Capela da Associação Vila Militar.

Ricardo de Campos Premebida de Meira, 23 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Airton Premebida de Meira e Gisele de Campos de Meira. Sepultamento ontem.

Roni Fernandes de Freitas, 51 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Paulo Renato Fernandes de Freitas e Iraci de Freitas. Sepultamento ontem.

Selma dos Santos Veloso, 47 anos. Profissão: do lar. Filiação: Álvaro Veloso e Josefa dos Santos Veloso. Sepultamento ontem.

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