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 | Arquivo da família
| Foto: Arquivo da família

Manoel tinha três grandes paixões: a família, o Exército e os amigos. E o trio se relacionava tão bem que parecia uma coisa só. As características da profissão como militar – disciplina, respeito, disponibilidade, vigor – faziam parte do seu dia a dia de forma natural. Mas Manoel não era um homem rígido. Tinha um lado afinado com a cultura, através da leitura diária e da música, além da dedicação à natureza e aos esportes. Uma das três filhas, Ana, lembra-se de que o pai costumava sempre repetir: "dinheiro e cultura não selecionam ninguém; as pessoas se fazem pelo seu caráter". Era reformado como coronel da Artilharia do Exército .

A tradição no Exército vinha de gerações. O avô, o pai e um dos irmãos, Luiz Henrique, dedicaram sua carreira às Forças Armadas. Luiz Henrique, general do Exército, recorda-se de que a trajetória do irmão iniciou-se na Escola Preparatória de Cadetes de São Paulo e prosseguiu com o aperfeiçoamento na Academia das Agulhas Negras, em Resende (RJ), no curso de Comando do Estado-Maior do Exército, no Rio, e na atividade como oficial instrutor do Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva (CPOR). De 1979 a 1980, foi comandante da Polícia Militar do Paraná.

A filha Carmem recorda-se de que a postura do pai criou fama. Em editorial do boletim informativo da Turma Barão do Rio Branco, formada em 1952, no Rio de Janeiro, o texto lembra de uma passagem ocorrida entre os cadetes. Antes do toque para as refeições, por exemplo, os grupos se reuniam para um bate-papo. Quem estivesse de japona (casaco de frio) recebia um brado em uníssono de que era gaúcho, porque era friorento. Manoel não era dos pampas, mas mantinha o hábito de esfregar uma mão na outra como forma de espantar o frio. No texto, o general Ney Machado brincava, na tentativa de adivinhação do perfil: "quem tinha pinta de lorde, fazia parte da Artilharia e não era gaúcho?"

Por essas e outras, Manoel mantinha muitos amigos de longa data. As reuniões regulares eram como os grupos do primário – os de "calça curta", como Manoel dizia –, os de colegas do Colégio São José e os do Colégio Santa Maria, além dos adquiridos durante a licenciatura dos cursos de Geografia e História na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Para o professor Iaroslaw Wons, da época da faculdade, e o médico Dieter Garbers, da turma do Colégio Santa Maria, Manoel era um grande amigo, que não faltava aos encontros mensais ou anuais.

Em família, Manoel adorava quando ficava horas e horas contando as histórias de caserna para os netos. Ao lado da esposa Rozelia, formava uma dupla de dançarinos de tango. E as óperas e concertos de música clássica se entremeavam ao canto dos pássaros que mantinha em casa. Muito organizado, sempre deixava tudo por escrito. E, entre os guardados, foi encontrado um pedaço de papel – como um autorretrato – parafraseando a escritora Marina Colasanti: "O inimigo foi rechaçado, apagaram-se as fogueiras, e o soldado voltou para sua casa. Pendurado num prego, a couraça sem serventia se cobre de poeira. Muitos fios brancos rajam os cabelos do soldado que não aprendeu a fugir, que não aprendeu a temer. E que agora, debaixo de um salgueiro dorme e dorme, com sua espada expulsando inimigos para além das fronteiras do sonho..." Nas despedidas aos filhos, Manoel nunca esquecia o "Deus te abençoe". Deixa a viúva Rozelia, cinco filhos e quatro netos.

Dia 21 de outubro, aos 84 anos, de septicemia.

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Abel Borges, 43 anos. Sepultado ontem.

Ademir Dieps da Silva, 57 anos. Sepultado ontem.

Adilson Alves de Morais, 38 anos. Sepultado ontem.

Adilson Simoes de Oliveira, 45 anos. Sepultado ontem.

Alcilio Navroski, 65 anos. Sepultado ontem.

Alfredo Ribeiro Tibes, 69 anos. Sepultado ontem.

Aminia Barbosa Afonso, 73 anos. Sepultado ontem.

Antônio Nascimento das Neves, 80 anos. Sepultado ontem.

Carlos Celso Berri, 56 anos. Sepultamento às 8 h, Jardim da Saudade II (Pinhais), saindo da Capela Mortuária Jardim da Saudade II.

Celso de Lima, 43 anos. Sepultado ontem.

Cherubina Sampaio, 93 anos. Sepultamento terça-feira, 26 de novembro de 2013 às 9 h, Crematório Vaticano, saindo da Capela Vaticano - Esmeralda.

Daniel Natal, 60 anos. Sepultado ontem.

Debora Matoso Kluppell, 34 anos. Sepultado ontem.

Delair de Jesus de Souza, 60 anos. Sepultamento às 16 h, em local a definir, saindo de residência.

Diniz de Oliveira Martins, 66 anos. Sepultado ontem.

Domingos Pedrao, 78 anos. Sepultado ontem.

Elidia Skibinski Wendt, 94 anos. Sepultado ontem.

Felomena Wrobleski, 52 anos. Sepultado ontem.

Francisco Eduardo dos Santos Furtado, 60 anos. Sepultamento às 10 h, Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de Igreja Batista no Bairro Bacacheri Ctba -PR.

Gilberto Garcia, 78 anos. Sepultado ontem.

Gilson Ramos dos Santos, 33 anos. Sepultado ontem.

Irene Araujo dos Santos, 51 anos. Sepultado ontem.

Ivanir das Gracas Pedroso dos Santos, 49 anos. Sepultado ontem.

João Batista Romao, 61 anos. Sepultado ontem.

José Eugenio Sa Silva, 32 anos. Sepultado ontem.

Juracema Rodrigues Farias, 68 anos. Sepultado ontem.

Leovir Estela Puglia, 74 anos. Sepultado ontem.

Lourdes Maria Rissatto, 85 anos. Sepultamento às 10 h, Municipal São Francisco de Paula, saindo da Capela Vaticano - Esmeralda.

Lucilia Grochowski de Castro, 70 anos. Sepultado ontem.

Maria Renilda Dare, 61 anos. Sepultado ontem.

Maria Terezinha de Jesus, 70 anos. Sepultado ontem.

Menhir da Silva Montrucchio, 70 anos. Sepultado ontem.

Ocarlina de Almeida Bertoldo, 91 anos. Sepultado ontem.

Paulo Cesar Mariano, 37 anos. Sepultado ontem.

Purfiria Lucia de Lima Popoviski, 63 anos. Sepultado ontem.

Reginaldo Izidoro, 25 anos. Sepultado ontem.

Ricardo de Almeida Dias, 35 anos. Sepultado ontem.

Robson Andre Matielo, 22 anos. Sepultado ontem.

Rosaria Cecilia dos Santos, 76 anos. Sepultamento às 11 h, Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de Igreja Assembleia de Deus - Tatuquara - Ctba/PR.

Samuel da Silva, 36 anos. Sepultado ontem.

Zoraide Simoes Rodrigues, 79 anos. Sepultado ontem.

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