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Agradecimento pelo combate ao coronavírus vem em forma de doces.
Agradecimento pelo combate ao coronavírus vem em forma de doces.| Foto: Arquivo Pessoal

Professora do curso de administração da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Márcia May criou um projeto de economia solidária para ajudar pequenos confeiteiros de Curitiba a amenizar a crise, enquanto os profissionais de saúde recebem doces e bolos como forma de presente por estarem na linha de frente no combate ao coronavírus. O projeto se chama Quitute Solidário.

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A ação funciona da seguinte forma: o colaborador compra um kit de 64 docinhos e um bolo de 2 kg, que será enviado à uma equipe de saúde de hospitais e UPAs da capital. Os doces são feitos a um custo mais baixo por confeiteiros ou pequenas confeitarias, que viram seu movimento praticamente zerar no último mês. Cada kit custa R$ 110, o que ajuda os microempreendedores a terem algum sustento durante esse período.

No total, 15 kits já foram entregues em menos de duas semanas. A ação faz parte do Quarentena Solidária, projeto criado por empreendedores, empresas e organizações de Curitiba que, preocupados com o impacto social da Covid-19, estão promovendo diversas propostas solidárias.

Por enquanto, as entregas estão sendo feitas pela própria professora. Além dos kits, ela teve a ideia de sempre levar um cartaz desenhado por uma criança junto com as guloseimas.

“O cartaz das crianças é a cereja do bolo. Mas ainda estamos precisando de mais cartazes. Penso que as nossas crianças estão ociosas dentro de casa e sei que elas adoram desenhar, ainda mais para uma equipe de médicos que vai colar o desenho na porta do hospital. Sobre a logística de pegar os cartazes, nós damos um jeito”, diz May.

“Acredito que esse projeto pode crescer de uma forma exponencial para perpetuá-lo para depois da pandemia. E que a gente possa estender oferecendo alguma coisa a alguém que precisa”, complementa a professora.

A confeiteira Carla Borba auxilia no projeto e explica como funciona a participação dos empreendedores. Cada confeiteiro pode produzir no máximo cinco kits por semana. Quando a demanda é alcançada, a produção é passada para outro confeiteiro. Também foi criado um produto padrão para todos entregarem o mesmo serviço, com os mesmos custos, e consequentemente o mesmo lucro.

“Nesse período, os pequenos confeiteiros, que dependem de festas e aniversários, estão praticamente sem demanda. Este kit custa aproximadamente 30% menos do que seria normalmente”, diz Carla.

Como participar

Para presentear os profissionais de saúde, entregar cartazes desenhados por crianças ou participar de alguma forma do projeto, entre em contato pela página do Instagram do Quitute Solidário ou entre no site www.quarentenasolidaria.com.br.

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