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Foto meramente ilustrativa. Apenas morcegos infectados transmitem raiva, por meio de mordidas ou lambeduras. | HK/TP/
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Foto meramente ilustrativa. Apenas morcegos infectados transmitem raiva, por meio de mordidas ou lambeduras.| Foto: HK/TP/ HO

Um morador de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), morreu após contrair raiva no estado de São Paulo, onde foi mordido por um morcego contaminado. A confirmação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná nesta quarta-feira (20). O caso é o primeiro óbito por raiva humana registrado no Paraná desde 1987, segundo a secretaria.

A vítima foi mordida enquanto dormia, na área rural da cidade paulistana de Ubatuba. De acordo com a Sesa, o caso aconteceu em janeiro, e o homem não procurou atendimento imediato após o ocorrido. Somente após voltar ao Paraná, 12 dias após a mordida, é que a vítima foi até a unidade de saúde. Na ocasião, foram prescritas quatro doses da vacina antirrábica, das quais o paciente tomou apenas duas.

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O jovem voltou a buscar atendimento pouco mais de um mês depois, no dia 19 de fevereiro. Ele foi internado no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, já com sintomas graves da raiva. Entre eles febre alta, dor toráxica, formigamento pelo corpo, dor nos nervos, entre outros. Apesar de ter prosseguido no internamento e inclusive ter sido transferido para a UTI, acabou falecendo no dia 9 de março.

Desde então, diversos exames foram feitos para confirmar a morte em decorrência da doença. A partir da comprovação, a Sesa notificou o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e o Instituto Pasteur.

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Para se proteger

A transmissão da raiva humana ocorre apenas por meio do contato de um mamífero infectado com o homem. A maioria dos acidentes acontece pela mordedura de cães, gatos ou contato com morcegos. Nesses casos, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente a uma unidade de saúde para iniciar o tratamento profilático. Conforme a Sesa, se o tratamento for realizado em tempo hábil, a possibilidade de a pessoa desenvolver a doença é mínima.

Apesar da confirmação do caso na região de Curitiba, o aparecimento de um morcego não é motivo para pânico, já que a maioria deles não é portadora da doença. Segundo Juliano Ribeiro, coordenador da Unidade de Vigilância em Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS), o primeiro passo ao ver um morcego é isolar a área e conter o animal, caso esteja no chão, mas sem matá-lo. Para isso, basta usar um recipiente, como um balde. Em seguida, deve-se ligar para o número 156 e solicitar a remoção do morcego. “Jamais se deve tentar matar ou capturar o morcego. É nessa hora que muita gente acaba se contaminando”, explica.

Caso a pessoa entre em contato com o animal, recomenda-se lavar a região afetada com água e sabão. Em seguida, orienta-se a procurar atendimento médico o quanto antes para administração de soro e vacinação específicos. Depois, deve-se procurar a central de atendimento da prefeitura, pelo telefone 156 e registrar a ocorrência.

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