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VIOLÊNCIA NO TRANSPORTE COLETIVO

Motorista é ferido em arrastão em ônibus na Região Metropolitana de Curitiba

Pedro Cícero Likes, de 39 anos, foi atingido por uma faca na parte detrás da cabeça em um assalto na linha Curitiba/Piraquara

Trabalhador do transporte coletivo postou uma foto em seu Facebook mostrando o ferimento | Reprodução/Facebook
Trabalhador do transporte coletivo postou uma foto em seu Facebook mostrando o ferimento (Foto: Reprodução/Facebook)

Um motorista da linha Curitiba/Piraquara ficou ferido durante um assalto ao ônibus na noite deste sábado (5), na rodovia João Leopoldo Jacomel, esquina com a avenida Betonex, quase no limite entre Pinhais e Piraquara, na região metropolitana. Segundo Pedro Cícero Likes, de 39 anos, por volta das 22h40, dois homens entraram no ônibus e deram voz de assalto. “Eles estavam armados. Um deles colocou o revólver na minha cabeça e o outro foi com uma faca na direção do cobrador”, disse o motorista, que em 15 anos de profissão foi assaltado cerca de 50 vezes.

Os assaltantes roubaram objetos dos passageiros, como bolsas e celulares, além do dinheiro que estava com o cobrador. Havia cerca de 50 pessoas no ônibus no momento do assalto, segundo Pedro Cícero. Na hora de descer do veículo para fugir, um dos criminosos agrediu o motorista com a faca. “Ele não disse nada, eu não reagi, foi simplesmente uma agressão gratuita, sem motivo algum. Antes de descer do ônibus, ele me atingiu com a faca na parte detrás da cabeça, perto da nuca”.

Pedro Cícero, motorista de ônibus há 15 anos, conta que conseguiu se esquivar. Do contrário, o ferimento poderia ter sido grave. “Foi um ferimento leve, eu estou bem, mas é porque consegui desviar, se não teria sido bem pior, ele [assaltante] não estava para brincadeira”, afirmou o motorista, que alega já ter presenciado mais de 50 assaltos no transporte coletivo. Pedro trabalha no período da tarde e entra nas escalas noturnas somente nos finais de semana. Porém, agora, ele não quer mais trabalhar à noite ou de madrugada.

“O medo é muito grande. Eu vou pedir à empresa para não trabalhar mais à noite”, disse o motorista, embrando de outros episódios graves: “já levei coronhada de revólver, já tive faca encostada nas costas. Não é fácil trabalhar à noite”. Procurada, a Polícia Militar não foi encontrada para comentar o caso.

Outros episódios

Esse foi mais um caso grave de violência no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana. No último dia 23, um motorista foi assassinado em um arrastão na linha Curitiba/Jardim Paulista. Três dias depois, um cobrador de uma estação-tubo no Cabral foi baleado. Os sucessivos episódios levaram o Sindimoc, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores, a cobrar das autoridades a instalação de câmeras de segurança em todos os ônibus e estações-tubo da Grande Curitiba.

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