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Movimento no terminal do Pinheirinho, em Curitiba.
Movimento no terminal do Pinheirinho, em Curitiba.| Foto: Gerson Klaina/ Tribuna

A circulação de passageiros diminuiu nesta semana no transporte coletivo de Curitiba por causa da epidemia do novo coronavírus, mas ainda é possível notar aglomerações em terminais de passageiros. Elas ocorrem principalmente no momento de embarque e desembarque dos ônibus, nos horários de pico, perto das das 7 horas e das 17h30.

Mesmo assim, conforme a reportagem da Tribuna conferiu ao circular por terminais no fim da tarde de quarta-feira (1.º) e na manhã de quinta-feira (2), a grande maioria dos passageiros está buscando se cuidar para evitar o contágio. Nas filas, é mantida distância entre um passageiro e outro – o ideal é de 1,5 metro – e muitas pessoas limpam as mãos com álcool gel.

De reclamação, alguns usuários defendem que a medida da Urbs, órgão da prefeitura de Curitiba responsável pelo transporte público, de reduzir a quantidade de ônibus circulando, cumprindo horário da tabela de sábado, dificulta a prevenção de quem não pode ficar em casa e só conta com o transporte público para se locomover.

A técnica de enfermagem Simone Moreira dos Santos, 27 anos, atua na linha de frente do combate ao coronavírus e não pode e nem quer parar de trabalhar. No fim da tarde de quarta-feira (1.º), perto das 17h30, ela estava na fila da estação-tubo do Terminal Campina do Siqueira em direção a Campo Largo. Havia bastante gente aguardando o ônibus, incluindo outras de suas colegas.

Simone conta que, pelo horário, o movimento estava tranquilo. Mas que o tempo maior de espera implica em grupos maiores de espera. “Mesmo com o álcool gel na bolsa e tomando todos os cuidados, ainda corremos risco por causa da aglomeração. Mesmo o movimento tendo diminuído”, disse. “A pessoa tem que pensar que nunca é o suficiente. Tudo que puder fazer a mais é bom. Até vale esperar o próximo ônibus chegar, para tentar andar nele mais vazio”, recomendou a técnica de enfermagem.

Também no Campina do Siqueira, a zeladora Eliane Gonzaga da Cruz, 47 anos, sugeriu que os terminais adotem um serviço de aviso por sistema de som para lembrar os passageiros dos cuidados contra o coronavírus e alertar para que os ônibus não lotem a cada viagem. “No terminal de Campo Largo, tem o serviço de som. Nos horários mais críticos, quando tem mais gente, deveria ter pessoas da fiscalização dando esses avisos”, cobra a passageira.

Mesmo assim, acredita Eliane, é impossível evitar totalmente a aglomeração nos terminais e ônibus. “Acho que poderia ter mais ônibus rodando, mas como não tem, não há o que fazer a não ser procurar se cuidar”.

Com menos ônibus circulando, passageiros se concentram em filas na espera. Foto: Lineu Filho/ Tribuna
Com menos ônibus circulando, passageiros se concentram em filas na espera. Foto: Lineu Filho/ Tribuna

Tabela de sábado mantida

Segundo a Urbs, a intenção da prefeitura é manter a tabela de sábado durante a pandemia. A pasta informou que vem acompanhando diariamente o fluxo de passageiros e está preparada para fazer ajustes se necessário.

Ainda de acordo com a Urbs, a capacidade do sistema com a tabela de sábado ainda é seis vezes maior que a demanda atual. A prefeitura afirma que a queda no número de passageiros foi de 78% nas últimas duas semanas.

Sobre a prevenção do coronavírus nos ônibus e terminais, o órgão explica que segue as recomendações da Secretaria Municipal da Saúde e do Ministério da Saúde. Foram colocados cartazes nos ônibus, em terminais e pontos de venda de créditos com orientações sobre como prevenir o coronavírus.

Sobre a sugestão de inserir serviços de som nos terminais, A Urbs informa que não há mensagens nos terminais, mas há áudios nos biarticulados e mensagens nas estações-tubo que alertam sobre a propagação do vírus. Fiscais também trabalham para orientar a população. Também foram colocados cartazes para que a população idosa, considerada grupo de risco, evite usar os ônibus, e, se não puder evitar, que utilize o sistema fora dos horários de pico.

O órgão diz ainda que foram reforçadas as limpezas nos terminais e pontos de ônibus e nas garagens de ônibus. Além disso, assepsia especial com peróxido de hidrogênio foi feita nos 22 terminais e na rodoviária no fim de semana. Nesta semana começaram a ser limpos os pontos de ônibus e estações-tubo.

Outra medida adotada foi o reforço das empresas de ônibus no fornecimento de álcool gel para cobradores e motoristas.

Conteúdo editado por:Ricardo Sabbag Zipperer
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