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Policiais prendem  mulher suspeita de aplicar o golpe em Curitiba. | Polícia Civil/
Policiais prendem mulher suspeita de aplicar o golpe em Curitiba.| Foto: Polícia Civil/

A Polícia Civil cumpre oito mandados de prisão e seis de busca e apreensão nesta quinta-feira (14) para desarticular uma quadrilha especializada em extorquir pessoas que tiveram seus veículos furtados ou roubados. Além de Curitiba, os mandados da Operação Boi na Linha são cumpridos nas cidades de Londrina, Rolândia e Jaguapitã, todas no Norte do Paraná. Em Curitiba, mais de vinte pessoas foram vítimas do golpe, segundo o delegado Erick Tutia Guedes.

Até as 11h desta quinta, seis mulheres haviam sido presas. A operação, comandada pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), teve auxílio no cumprimento dos mandados do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) - grupo de elite da Polícia Civil.

A investigação, comandada pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), durou quatro meses. O alvo são pessoas que se associaram para cometer extorsão por telefone de motoristas que tiveram seus carros levados por ladrões. Para isso, eles utilizavam as redes sociais e outras informações para se informar e contactar as vítimas. Durante as ligações, pediam dinheiro para que o veículo fosse devolvido.

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Os golpistas conseguiam os contatos das vítimas em grupos de Whatsapp e Facebook em que as vítimas de roubos de carro pedem ajuda para tentar localizar o veículo. A partir destas informações compartilhadas os golpistas entram em contato e passam a extorquir a vítima. Assim, a pessoa acaba sendo roubada duas vezes.

No dia 21 de janeiro, reportagem da Gazeta do Povo mostrou como era o golpe. De acordo com a DFRV, somente no segundo semestre de 2018, foram registrados 15 boletins de ocorrência de vítimas desse tipo de crime.

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Um dos citados pela DRFV à reportagem em janeiro era de um jovem que teve o carro levado na noite de 8 de janeiro na Rua Atílio Bório, no bairro Alto da XV. A vítima, que preferiu não se identificar por segurança, conta que recebeu uma ligação de número desconhecido menos de 24 horas depois da ocorrência. Do outro lado da linha, a pessoa afirmou ter comprado o carro dele por R$ 4 mil e pediu o mesmo valor para devolvê-lo.

O rapaz foi alertado sobre o golpe na própria DRFV, onde registrou boletim de ocorrência no mesmo dia. “Lá eles me levantaram isso porque divulguei o roubo em vários grupos de WhatsApp, com meus contatos, meu telefone junto”, acrescentou o jovem.

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