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Abaixo do pátio da Escola Municipal Papa João XXIII, em Curitiba, está canalizado um pedaço do Rio da Vila Formosa, que passa entre os bairros Portão e Novo Mundo. Desse pedaço canalizado surgiu um pequeno córrego que banha o entorno da escola e foi utilizado pelos professores para trabalhar de forma interdisciplinar, com criatividade e contando com o engajamento dos alunos.

O projeto intitulado “O rio que passa na nossa escola” englobou três disciplinas e foi desenvolvido pelos professores de Geografia Wladimir Trevizani, Gustavo Henrique Bordim, Silvia Lugarini e William Ricardo de Castro. Além deles, a professora de História Andressa Garcia e professora de Ciências Suellen Oriana completaram o time.

Wladimir Trevizani, docente coordenador do projeto, relatou quais resultados esperavam alcançar: “O objetivo da iniciativa é realizar uma análise ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio da Vila Formosa. Por meio dessa análise, queremos que nossos alunos criem uma nova visão das transformações ocorridas nas paisagens ao longo do tempo, através da observação do relevo, da hidrografia, da vegetação e suas interações sociais.”

Teoria e prática

O projeto foi aberto para alunos do 6.º ao 9.º ano e um grupo de 20 estudantes foi selecionado para participar. O critério de seleção utilizado foi o desempenho escolar de cada um. De início, os participantes tiveram aulas com todos os docentes reunidos, para esclarecer alguns termos e conceitos básicos das disciplinas abordadas necessários para o decorrer das atividades.

Embasados pelas aulas teóricas, chegou o momento de sair a campo. Os alunos registraram o percurso do rio com fotos, anotações, vídeos e uma maquete em curvas de nível. Em seguida, com o auxílio de reportagens antigas da Gazeta do Povo e presença de uma jornalista na aula, a turma pesquisou sobre o passado do bairro da escola, a industrialização de Curitiba e a importância da bacia hidrográfica em questão para a capital paranaense.

Depois de toda essa reconstrução histórica, alunos e professores partiram para a análise da qualidade das águas do rio. Com cobertura da RPC, tiraram e analisaram amostras de diversos pontos do córrego para uma investigação em laboratório, segundo critérios adotados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). “No papel de exploradores da Geografia, detetives da História e analistas laboratoriais em Ciências, nossos alunos aprofundaram seus conhecimentos e mergulham em um universo pouco explorado em sala de aula, ou seja, a sua própria cidade”, contou o professor Wladimir Trevizan.

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