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LIVRO

359 motivos para rir da economia

“A graça do dinheiro” reúne charges publicadas ao longo de quase 90 anos pela revista “The New Yorker”

Charge publicada na década de 1970 na revista norte-americana “The New Yorker” | REPRODUÇÂO
Charge publicada na década de 1970 na revista norte-americana “The New Yorker” (Foto: REPRODUÇÂO)

Três anos de recessão estão aí para provar que, se dinheiro não traz felicidade, a falta dele também não colabora muito. Enquanto a crise não acaba, resta rir da própria desgraça. Um livro lançado no Brasil no fim do ano passado pode ajudar quem não tem a prática.

“A graça do dinheiro” (Zahar) reúne 359 charges sobre economia publicadas na revista norte-americana “The New Yorker” desde seu lançamento, em 1925, até 2009. As sátiras sobre a Grande Depressão dos anos 1930 aparecem logo nas primeiras páginas, e as últimas são dominadas por cartuns que abordam a crise financeira iniciada em 2008.

Confira uma seleção das charges da “New Yorker”

As duas crises têm em comum a origem: bolhas infladas e rompidas no centro financeiro de Nova York, a alguns quarteirões da sede da revista. Um mundo que é alvo frequente do sarcasmo de seus cartunistas. “É verdade, um teto salarial em Wall Street pode limitar a oferta de talento, mas, por outro lado, se eles ficarem ainda mais talentosos vamos todos falir”, comenta a convidada de um coquetel num cartum de Robert Mankoff, editor de charges da “New Yorker” desde 1997 e organizador do livro.

A maioria dos cartuns, no entanto, trata de questões universais e atemporais. Como as relações entre bancos e seus clientes e entre pagadores e cobradores de impostos. Num deles, um fiscal da Receita debocha de um irritado contribuinte: “Pode ser que estejamos gastando mal cada dólar do seu imposto, mas admita que fazemos um grande trabalho quando é para coletá-lo”.

Algumas charges retratam hábitos bem difundidos no Brasil. Como a que ilustra um carrinho de mão transbordando de dinheiro na antessala de um gabinete: “A propina gostaria de uma audiência, senador”, anuncia a secretária. Ou esta da década de 1970, muito atual: “Nossa tarefa, senhores, é persuadir o governo de que a melhor solução ainda é botar dinheiro no problema”, clama um velho engravatado a seus colegas.

Também desfilam pelo livro figurões e modestos funcionários tramando truques contábeis, último recurso de empresas e – como bem sabemos por aqui – governos desesperados.

O problema de “A graça do dinheiro” está, ironicamente, no preço. O valor sugerido é de quase R$ 70.

Confira na galeria a seguir algumas das charges, divididas por década. Clique no canto inferior direito para expandir as imagens:

Década de 1920 | (Imagem: Reprodução)

1 de 9

Década de 1920

Década de 1930 |

2 de 9

Década de 1930

Década de 1940 |

3 de 9

Década de 1940

Década de 1950 |

4 de 9

Década de 1950

Década de 1960 |

5 de 9

Década de 1960

Década de 1970 |

6 de 9

Década de 1970

Década de 1980 |

7 de 9

Década de 1980

Década de 1990 |

8 de 9

Década de 1990

Década de 2000 |

9 de 9

Década de 2000

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