Sem acordo, greve dos Correios deve ser decidida pelo TST
Por falta de acordo entre a direção dos Correios e os representantes dos trabalhadores, a decisão sobre a greve da categoria deve ir a dissídio coletivo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), na próxima terça-feira (11). Se não houver uma nova negociação até lá, a questão será analisada pelo ministro Maurício Godinho Delgado, da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC).
No primeiro dia de vigência da liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que determinou o contingente mínimo de 40% de trabalhadores em cada uma das unidades dos Correios, foi constatado que 430 das 7.486 unidades operacionais - entre agências e centros de distribuição - descumpriram a decisão. A maior ocorrência, segundo os Correios, ocorreu em São Paulo: 136. Na segunda posição, aparece a Bahia, com 47.
A liminar, expedida na quinta-feira à noite pelo presidente do TST, João Orestes Dalazen, impôs multa diária de R$ 50 mil por dia para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), em caso de descumprimento do contingente mínimo estipulado.
O número de correspondências em atraso em decorrência da greve dos trabalhadores da estatal já chega a 169 milhões, segundo os Correios. Ainda segundo a empresa, 80% do efetivo total da empresa está trabalhando normalmente em todo o País. Há unidades operacionais, segundo a empresa, sem adesão nenhuma à greve; por outro lado, existem unidades em que mais de 40% dos empregados estão parados.
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