• Carregando...
O advogado Rodrigo Azevedo: empresas do Brasil ainda não conhecem mudança | Divulgação
O advogado Rodrigo Azevedo: empresas do Brasil ainda não conhecem mudança| Foto: Divulgação

Uma discreta revolução na in­­ter­­net começou na última quin­­ta-feira. Organizações ago­­ra podem começar a se candidatar para incluir e administrar seus próprios domínios na web, em vez de contar apenas com os velhos .com, .org, .gov e outros.

A expectativa é que até mil candidaturas sejam feitas para o ICANN, órgão que fiscaliza o sistema principal de nomeação de domínios na internet. A ja­­nela para adqurir um, digamos, imóvel virtual se fechará em três meses, provavelmente por anos.

Esta medida, a mais radical decisão do ICANN em seus 13 anos de história, é destinada a fomentar a competição e a inovação, permitindo que novos donos de domínios construam novas comunidades, fortaleçam laços com clientes e deem a eles mais poder.

"É um fascinante novo capítulo na história da internet", diz Jonathan Robinson, diretor não-executivo da Afilias, que está ajudando com as candidaturas e já fornece infraestrutura para os domínios .org, .info e .mobi. "Está abrindo novos fronts de ativos imobiliários na internet e isso traz oportunidades, mas também ameaças", acrescentou Robinson.

Líderes

A maior parte da primeira onda de candidaturas deve vir de empresas e marcas líderes, que veem uma oportunidade de impulsionar sua visibilidade on-line ou simplesmente temem que alguém fique com o espaço delas.

Com a necessidade de de­­sembolsar US$ 185 mil dólares para se candidatar, com despesas iniciais de US$ 500 mil e com custos anuais de manutenção de US$ 100 mil, os do­­mí­­nios particulares estarão fora do alcance de pequenas companhias e organizações.

Mas aspirações pelo ".qualquernome" devem vir de cidades e regiões com fortes identidades, como .londres e .mumbai, de companhias que almejam construir um negócio ba­­seado em novos domínios e de comunidades como .eco ou .gay.

Brasileiras

O advogado Rodrigo Azevedo, sócio titular da Área de Proprie­­dade Intelectual e Direito da Tecnologia da Informação da Silveiro Advogados, está coordenando os esforços de algumas empresas brasileiras para conquistarem uma terminação. Ele não cita o nome das candidatas, mas afirma que, no país, ainda há muito desconhecimento sobre a resolução do ICANN, o que pode acabar prejudicando a presença de grandes marcas brasileiras na internet no futuro. "Quem se interessar tem que se mexer, porque só o processo de inscrição dura quase um mês, e a por­­ta vai se fechar em 8 de abril. O grande risco é que grandes em­­presas que tenham nomes pa­­recidos acabem perdendo o en­­dereço da sua marca para uma outra companhia, e fiquem re­­legadas a um segundo plano na internet", afirma ele.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]