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NOVIDADE | Mauro Campos
NOVIDADE| Foto: Mauro Campos

San Francisco, a capital hippie dos anos 60, nunca foi tão nerd por causa da AMD. Em compensação, a milhares de quilômetros de distância, na costa leste americana, Nova Iorque se transformava num grande palco da computação pessoal, cortesia da Hewlett-Packard, que lançou toneladas de computadores e gadgets num evento no extremo sul de Manhattan. A empresa, numa postura diametralmente oposta à dos grandes fabricantes de processadores, diz que, com a convergência tecnológica, a computação está voltando a ser mais pessoal e que o importante é a experiência do usuário final, não a performance dentro do maquinário. O principal mentor dessa filosofia é Satjiv Chahil, vice-presidente de mercado global do grupo de sistemas pessoais da HP, um indiano que não se separa de seu turbante e é fã de Paulo Coelho (que participou da campanha publicitária da HP para o evento).

"A verdadeira convergência é entre tecnologia e estilo de vida, moda, expressão pessoal", afirma Chahil. "Não acreditamos mais num mercado de PCs ‘commoditizados’. O computador começou pessoal e depois fugiu disso. Mas hoje está cada vez mais ligado à vida das pessoas, transformando-se numa força em casa e no trabalho.

Nessa empreitada, a HP lançou os televisores MediaSmart, de 42 e 47 polegadas, com capacidade de alta definição (1.080 pixels) e um sistema sem fio (baseado em wi-fi) que permite acessar o PC e puxar da internet para a tela da sala filmes, vídeos, músicas e fotos. Com todo esse conteúdo, é natural que a idéia da televisão inteligente venha ligada à do servidor doméstico, outra aposta da empresa. Os servidores MediaSmart vêm com processadores de 64 bits da AMD e podem guardar de 500 gigabytes (GB) a 1 terabyte (TB) de informações. Os modelos mais turbinados de tevê custam US$ 2,5 mil; os do servidor, US$ 750. Mas é bom lembrar que eles estão sendo lançados lá fora.

Para o Brasil, os planos imediatos da HP são mais modestos – ressuscitar os modelos Compaq de desktops e notebooks voltados para o trabalho. O computador pessoal mais parrudo lançado em Nova Iorque foi o Pavillion Elite m9000, com gráficos 3D e um sistema de backup automático (chamado de Easy Backup) que consiste no apertar de um botão. O gabinete é modular, permitindo a inserção e retirada rápida de HDs para as cópias de segurança. Esse computador deve chegar por aqui em março de 2008.

"Veja bem, não queremos copiar a Apple", diz o executivo de produtos da HP, Satjiv Chahil. "Eles pensaram em máquinas para um escritório bonito; nós pensamos na diversão em casa."

A chuva de lançamentos prosseguiu com o Blackbird 002, um computador superpoderoso para gamers refrigerado a água, com gabinete todo em alumínio, desmontável e configurável, com drivers de HD-DVD e Blu-Ray, além de USB e Firewire. Vários notebooks também estrearam. O Pavillion dv2500 vem preparado para banda larga sem fio – derivada das redes de celular em terceira geração –, enquanto o dx6500 apresenta funções para captar televisão ao vivo. Já o HDX tem uma dobradiça especial que permite ao usuário ajustar a distância e a posição da tela do notebook.

Por fim, há os novos iPaqs. Os micrinhos de mão ganharam cinco novos membros na família. Mas só os dois modelos high-end, o 600 e o 900, são smartphones. Entretanto, há que se confidenciar: não são muito bonitos e o teclado, principalmente do 600, é pequeno.

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