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A Petrobras depositou nesta sexta-feira (8) R$ 12 milhões em patrocínio para as escolas de samba do Rio. O valor é dividido igualmente entre as agremiações do Grupo Especial. Apenas a Mangueira ficou de fora por conta do atraso de prestações de contas de Carnavais anteriores.

"A verba já foi depositada pela Petrobras. Estou chegando no escritório para fazer essa transferência para as escolas. É R$ 1,090 milhão para cada uma. Só a Mangueira não recebe", afirmou no início da tarde de hoje o presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), Jorge Castanheira.

Segundo Castanheira, a Mangueira foi a única que não prestou contas dos gastos feitos com o dinheiro da estatal. Por isso, o patrocínio para 2013 não foi liberado. A liga afirma que o repasse atrasou porque foi preciso refazer o convênio com a Petrobras sem a agremiação.

Para evitar desvantagem e prejuízo na qualidade do espetáculo na avenida, o presidente da Liesa afirmou que doou do próprio caixa R$ 1 milhão para a verde e rosa. As outras agremiações atrasaram o pagamento de fornecedores.

"A Mangueira estava mais atrasada no projeto do barracão e para não prejudicar o espetáculo como um todo a liga decidiu fazer a doação há cerca de duas semanas. Nós fizemos os pagamentos a medida que foi sendo comprado o material para o barracão", explicou Castanheira. Segundo ele, todas as escolas concordaram com a doação. A reportagem tentou contato com a direção da Mangueira, sem sucesso. Nenhum dos pedidos de entrevista feitos à assessoria da escola e ao presidente, Ivo Meirelles, foi atendido.

Procurada, a Petrobras informou que vai enviar uma nota sobre o assunto ainda hoje.

Portela

Escola com o maior número de vitórias no grupo especial, a Portela tem situação econômica parecida com a da Mangueira.

Por causa de problemas na prestação de contas de patrocínios recebidos dos ministérios do Turismo e do Esporte, a escola foi incluída no Cepim (Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativo Impedidas), de acordo com informações da CGU (Controladoria Geral da União).

Isso significa que ela não pode, por exemplo, conseguir mais patrocínios federais ou se beneficiar da Lei Rouanet. Segundo a CGU, há irregularidades na prestação de contas de R$ 525 mil recebidos do Ministério do Turismo para o Carnaval de 2006; e de R$ 1,8 milhão vindos do Ministério do Esporte, para o Carnaval 2007, quando a escola apresentou um enredo sobre os Jogos Pan-Americanos no Rio.

Além disso, a Portela tem uma dívida de R$ 292.750 com a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto).

O vice-presidente da agremiação, Nilo Figueiredo Júnior, admitiu, no último mês, que a escola passa por uma fase complicada, mas afirmou que quitou todas as dívidas. "É um momento difícil, não só para a Portela como para outras escolas. O que pode acontecer é a gente não fazer o Carnaval como o planejado", afirmou.

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