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Dortmund – Brasileiros que acompanham a Seleção Brasileira na copa da Alemanha têm dividido suas preocupações entre o desempenho do time na competição e a crise da Varig. Só quem tem passagem até hoje pela companhia tem retorno garantido. "Meu vôo foi cancelado e vim por outra rota. Agora, faltam pouco mais de 24 horas para o retorno e não tenho a menor idéia se vou embarcar", comentou ontem o empresário paulista Daniel Briso, um dos 1,12 mil brasileiros que começam a voltar para casa após a primeira fase do Mundial.

A apreensão não é exclusividade de clientes. Dois pilotos da Varig também não sabem se voltam no vôo do próximo domingo. "Acredito que embarcaremos, mas não temos garantia nenhuma", afirmou Leonardo Farias, há seis anos na companhia. Ele e o também piloto João Henrique Vale estão de férias na Alemanha. Torcem pela viagem e para encontrarem os seus empregos na volta. "Ainda confiamos numa solução", disse Farias.

O brasileiro André de Freitas Vargas, funcionário da Lufthansa Service (fornecedora de alimentos e bebidas às empresas do grupo Star Alliance, incluindo a Varig), contou que um comunicado interno autoriza o atendimento à empresa brasileira só até segunda-feira.

O Ministério das Relações Exteriores acompanha diariamente a situação dos brasileiros na Alemanha. Um plantão interno foi criado para dar suporte aos postos do Brasil no exterior e para remeter à sala de emergência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informações atualizadas sobre a situação dos brasileiros. Segundo o consulado itinerante na Copa, por enquanto a situação é tranqüila. "Como os vôos para Frankfurt estão mantidos, não tivemos nenhum problema até agora. A imprensa tem nos procurado mais do que os torcedores", informou um funcionário do Itamaraty.

A Anac informou ontem que cerca de 28 mil passageiros que estão no exterior têm bilhetes da Varig para voltar ao Brasil até o dia 30 de junho. Desses, 2.963 deveriam chegar ontem ao país, mas 60 tiveram problemas para embarcar em Nova York. Entre os passageiros com previsão de regresso pela Varig até o fim do mês, por volta de 13 mil estão na Europa – sendo 5,6 mil na Alemanha. Outros 10,8 mil estão na América do Sul e 4 mil, na América do Norte.

Paraná

A empresa Meridiano Turismo, responsável no Paraná pela comercialização da maior parte dos pacotes para a copa, garante que 95% dos passageiros que saíram do estado já foram relocados a outras companhias. "O restante praticamente está voltando após a primeira fase, quando os vôos estão confirmados, porque a partir de domingo não sabemos o que pode acontecer", afirmou o proprietário André Macias.

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