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Essa semana, a atriz Angelina Jolie esbanjou um pretinho básico na pré-estréia do filme "A Mighty Heart", que custou, segundo a Sra. Brad Pitt, a bagatela de US$ 26 – algo em torno de R$ 50. A notícia deixou a mulherada do mundo inteiro boquiaberta. Afinal, poucas coisas deixam uma mulher mais satisfeita que estar linda e poder ter o orgulho de dizer às curiosas de plantão que o modelito foi uma pechincha.No mundo dos brechós, de onde saiu a raridade em questão, achados como esse são possíveis. O melhor é que é cada vez mais fácil garimpar em locais que em nada lembram aqueles galpões entulhados com cheiro de naftalina que nos remete à cabeça quando pensamos em antiguidades. O Belo Brechó, em Ipanema, é um desses.

"A idéia era fazer um brechó chique, onde as pessoas pudessem se sentir confortáveis", conta Márcia Simões, que montou a loja há seis meses. "Não é só a Angelina que vai a brechó. Tenho muitas cientes que vêm aqui para comprar vestido para ser madrinha de casamento ou ir a uma festa", conta ela, que já teve em suas araras um Valentino, que vendeu a R$ 150, mas tem inúmeros vestidos em torno dos R$ 40.

"Lá fora, ou as celebridades compram num bom costureiro ou elas gostam mesmo de um bom brechó", diz a estilista e dona do brechó Antigamania, também em Ipanema, Adélia Coelho, que explica o fascínio: "Em brechós você consegue comprar coisas maravilhosas, diferentes do que se encontra nas vitrines e não corre o risco de encontrar pessoas com a mesma roupa na hora da festa". Em sua loja, que também tem objetos de decoração, passam marcas que vão desde as nacionais Fórum Maria Bonita e Daslu às gringas Chanel, Gucci e Prada.

Brechós têm happy hour e até teatroEm Copacabana, numa galeria recheadas de brechós com objetos de decoração, móveis e obras de arte, o De Salto Alto se destaca pelo aspecto moderno de suas peças antigas e se tornou tão cult que tem até happy hour semanal. O forte são os figurinos dos anos 60 e 70, mas também tem luminárias, aparelhos de rádio e telefone, chapéus, além de discos de vinil.

"Atendemos desde a garotada, que vai em festas temáticas, a estudantes de moda, gente de bandas de rock e de teatro. É um parque temático", brinca Pantera, que também é figurinista e, além de vender, aluga e produz peças.

Em Laranjeiras, o tradicional O Passado Me Condena mudou de nome e de lugar e virou Desculpa, Eu Sou Chique. E é mesmo. Brinquedos como o clássico dos anos 80, Gênius, sofás coloridos e muitas roupas. Entre elas um paletó Kenzo de R$ 380.

"Com esse conceito da Angelina de promover a junção do passado e o presente, você resgata um registro de época. Não é firula, é quase um trabalho arqueológico", exagera o empresário Sávio Silva, que se inspirou na grande freqüência de figurinistas, cenógrafos e diretores de arte e transformou o segundo andar em sala de teatro.

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