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Os padrões

Além do espaço que oferecem, os cartões se diferenciam uns dos outros também pela compatibilidade. Entenda um pouco mais sobre cada um:

Secure Digital: É o mais comum e já é aceito por quase todos os equipamentos.Tanto que seu preço é o menor de todos (o de 1 GB da marca PQI, por exemplo, custa R$ 89). Desenvolvido por Panasonic, Toshiba e SanDisk, o SD pode ser usado em câmeras digitais e em outros equipamentos que necessitem de expansão de memória, como smartphones.

Compact Flash: Desenvolvido pela SanDisk, foi adotado por empresas como Canon, LG, Philips, Casio, dentre outras. O de 512 MB custa cerca de R$ 150.

Memory Stick: Padrão criado pela Sony, é usado em câmeras digitais da marca japonesa e em celulares da Sony Ericsson. Já tem versões Pro e Duo. O de 512 MB da SanDisk está custando R$ 239; já o da Sony sai por R$ 289.

Micro SD: É uma espécie de miniatura dos demais, desenvolvido para ser usado nos celulares. Baseado originalmente no padrão TransFlash, da SanDisk, tem cerca de um quarto do tamanho de um cartão SD padrão. Pode ser usado em conjunto com um adaptador que permite sua utilização em dispositivos com slot SD.

Mini SD: Difere-se do Micro SD pelo número de pinos e a maior variedade de marcas. Assim como o Micro, tem versões de mais de 2 GB. Criado pela SanDisk, pode ser usado com adaptador. O de 1 GB Extralife sai por R$ 169.

Rio de Janeiro – Nos primeiros três meses deste ano, o mercado de memória flash cresceu 40%, um número considerado impressionante que, no entanto, apenas reflete uma mudança que a indústria de tecnologia tem promovido nos últimos anos. É cada vez maior o número de equipamentos deixando de usar disco rígido (HD) e adotando a memória flash. Dentre outras razões, pela última ser mais resistente, ter maiores taxas de transferência e pesarem muito menos.

Não à toa, um estudo realizado pela empresa de pesquisas iSuppli fez uma previsão que, caso se concretize, pode dar uma boa sacudida no mercado: segundo a consultoria, até 2009 nada menos que 50% dos notebooks estarão usando memória flash em vez de HDs tradicionais. "Ela é uma opção cada vez mais popular. Ainda existem benefícios na tecnologia dos HDs, como o custo por gigabyte, e a flash tem o desafio de aumentar sua densidade em termos de capacidade. Hoje, já temos cartões de até 8 GB com preço comercial aceitável", diz o diretor-geral da fabricante de memória Kingston, Jean-Pierre Cecillon.

A adoção cada vez mais abrangente da memória flash tem muito a ver, diz Cecillon, com o aquecimento do mercado de notebooks, cujas vendas crescem, atualmente, mais do que as de computadores de mesa. Com a penetração dos portáteis no mercado, a tendência é a criação de nichos como, por exemplo, dos usuários que aceitam abrir mão do disco rígido em troca de uma autonomia maior da bateria.

Se a memória flash é uma ameaça em potencial para os HDs velhos de guerra? Para o diretor da Kingston, não dá para esquecer a existência dos servidores e da necessidade que estes têm de terabytes de espaço para armazenamento – e não há sequer previsão de memória flash para grandes equipamentos. Isso sem falar do consumidor doméstico, que guarda cada vez mais arquivos, principalmente fotos digitais e vídeos. "Mas é claro que o mercado vai evoluir e a flash vai ganhar um status que hoje é só do HD. Vale lembrar que o custo do gigabyte para memória flash cai muito rápido, o que vai ajudar a difundir ainda mais o seu uso. Hoje, um consumidor encontra o dobro de memória que ele esperava pela metade do preço", diz Cecillon.

Um bom exemplo concreto do que o executivo está dizendo está no cartão Secure Digital (SD), hoje o mais comum – há outros ainda muito usados, como o Compact Flash, o XD-Picture e o Memory Stick (da Sony). No começo de 2006, um Secure Digital de 512 MB saía por algo em torno de R$ 150; hoje, compra-se um SD do mesmo tamanho por R$ 90.

A queda abrupta do preço da flash também foi causada pelo aumento na quantidade de fabricantes disputando o mercado, assim como a adoção cada vez maior deste tipo de memória em equipamentos como smartphones, palmtops, câmeras digitais e MP3 players.

Só para se ter uma idéia de quanto está caindo o preço da flash: em 2003, o custo por gigabyte armazenado em memória flash era cerca de 100 vezes maior do que em HDs. Até o fim de 2009, prevê a iSuppli, o custo por GB da flash será 14 vezes mais alto do que em disco rígido.

Preço menor, produto mais atraente. Mas será que vale a pena trocar o disco rígido do notebook por um cartão de memória? Em primeiro lugar, vale explicar que a memória flash nada mais é do que um chip reescrevível que, ao contrário da memória RAM, preserva o seu conteúdo sem a necessidade de fonte de alimentação externa (quando você desliga o micro, por exemplo, a RAM é apagada; já a flash e o HD, não).

Há que se considerar, explica ainda Cecillon, que a confiabilidade mecânica é maior numa memória sólida do que no HD – que se trata de um sistema que contém discos de metal recobertos por material magnético (onde os dados são gravados). Trocando em miúdos: a memória flash é menos sensível que o HD. Outro ponto fundamental: a velocidade de acesso às informações contidas dentro de unidades de memória flash é muito maior do que no disco rígido, e ainda consumindo menor quantidade de energia. Isso ocorre porque as memórias flash permitem a gravação e a leitura de dados aleatoriamente, sem que seja necessário "respeitar" uma ordem prévia. Já os HDs exigem que a cabeça de leitura esteja lendo constantemente os dados escritos antes da informação procurada. "A curto prazo, eu não vejo o desaparecimento do HD em função do flash. Mas que este vai tirar mercado do primeiro, provavelmente...", diz Cecillon.

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