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A cadeia produtiva do agronegócio reúne-se amanhã para o lançamento oficial da Expedição Safra Gazeta do Povo. O evento será em Goiânia, uma das agrocapitais do país. Em sua 7.ª edição, o projeto consolida um novo indicador de safra no Brasil, não para contrapor, mas para servir de contraponto aos dados oficiais de levantamento de safra no Brasil. Com metodologia exclusiva, que permeia todos os elos da cadeia produtiva, a Expedição considera os números oficiais, seja na prospecção ou no balanço da produção. Mas está na capilaridade da sondagem, dentro da porteira, o fator não apenas quantitativo, como qualitativo da amostragem. De outubro a abril, do plantio à colheita, são aproximadamente 65 mil quilômetros percorridos por 13 estados brasileiros, pelas regiões produtoras dos Estados Unidos, Argentina e Paraguai.

O objetivo sempre foi e continua sendo o estatístico, de projetar área, produção e produtividade, a justificar o reflexo econômico dessas informações. Contudo, com o passar dos anos, o número, embora importante, passou a ser um mero componente do trabalho. O aprimoramento da operação mostrou que, para ser mais assertivo na estatística, era preciso aprofundar-se em outras variáveis – que não apenas a área – que impactam no desempenho da atividade. Foi então que a Expedição estabeleceu um palco permanente de discussão de temas como tecnologia, mercado, clima, infraestrutura de armazenagem e de escoamento da produção. Surge então o levantamento técnico-jornalístico da produção de grãos, realizado pela Gazeta do Povo, um dos veículos do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom).

Ainda em seu terceiro ano na estrada, como forma de qualificar ainda mais as informações, tratando da safra brasileira com análises e conjuntura, o levantamento ampliou sua cobertura às Américas do Sul e Norte, com incursões aos Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Foi quando a Expedição começou a acompanhar os principais players mundiais do lado da oferta de commodities agrícolas. Na linha de monitorar o cenário internacional, no quarto ano o projeto sentiu a necessidade de estabelecer uma conexão com o mercado que demanda a produção. Assim, no ciclo 2010/11, uma equipe desembarcou na Europa e em 2011/12 foi à China. Na safra atual o destino é a Índia. O objetivo: conhecer, interpretar e entender um pouco mais a nova realidade do mercado, do novo patamar de preços à nova destinação dos grãos, que além da alimentação humana e animal agora disputam espaço na produção de energia.

A partir dessa evolução, de área de cobertura e metodologia, foi que a Expedição instituiu um formato inédito de sondagem da safra, o chamado levantamento técnico-jornalístico. Um modelo que discute as demandas regionais, no caso do Brasil, mas com um olhar analítico e de conjuntura, sempre com foco em tendências do setor. Um escopo que amplia os horizontes da informação, assim como o universo de expectadores. Sempre com linguagem e abordagem que interessam não apenas ao homem do campo ou ao profissional do agronegócio, como ao público urbano em geral, ao conferir à abordagem um caráter econômico natural de uma atividade que responde por ¼ do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

E foi com essa dinâmica que a Expedição Safra mostrou à Gazeta do Povo que cobrir o agronegócio é cobrir economia, é tratar do desenvolvimento econômico e social do estado e do país. Percepção essa, sobre a economia agrícola, que deve ser comum a outros veículos de comunicação. Porque a mídia sempre pecou na cobertura do setor. Ou não cobria ou cobria mal. Hoje, dada à importância econômica que o segmento representa, esse cenário mudou. Plantar e colher nunca ganhou tantas manchetes. A mídia agora cobre o agronegócio. O que não mudou, é que, invariavelmente, continua cobrindo mal, em especial pela falta de qualificação profissional. Mas está melhorando. Já existem bons e respeitados veículos investindo e com foco na cobertura e no debate dessa área. Eu diria, então, que a mídia agro está mais madura e em fase de consolidação.

Na relação entre mídia e agronegócio, ao contrário da Europa e dos Estados Unidos, o Brasil ainda tem muito a crescer e aprender. O importante é que a objetivo neste momento está bem claro. A meta é inserir a comunicação como um dos elos da cadeia produtiva. É disso que vai depender o ritmo de expansão e o nível de sustentabilidade da atividade. No campo, fala-se muito em difusão e transferência de tecnologia, da dificuldade de conexão entre pesquisa e desenvolvimento com a realidade do produtor, por exemplo. É aí que nós entramos, com a difusão da informação, essencial ao desenvolvimento, ordenado e sustentável do setor.

O Brasil tem área e tecnologia para dobrar sua produção de grãos. Quando e em quanto tempo, isso vai depender cada vez mais do acesso à informação. E não há outro caminho que não seja a comunicação.

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