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Desde que iniciei minha atuação no mercado de trabalho, conheci algumas pessoas que dedicavam suas vidas a trabalhos voluntários, abrindo mão de bens materiais para o bem maior da comunidade e do mundo. Não é um trabalho fácil, mas com certeza é muito gratificante e atrai pessoas de todos os cantos do mundo para um mesmo objetivo: a solidariedade.

Alguns anos atrás, contratei na minha empresa uma profissional para atuar como consultora de recursos humanos. Giovana era formada em psicologia e em pouco tempo mostrou ser uma excelente profissional. Na época, ela me contou sua história. Nasceu numa família humilde e cresceu com muitas dificuldades, sempre tendo que ajudar a família financeiramente e nas tarefas de casa. Mesmo assim, conseguiu se graduar em psicologia numa excelente universidade local.

Em relação ao seu comportamento, era muito relacional e trabalhava bem em equipe. Mostrava-se prestativa quando um colega pedia ajuda e media suas palavras para nunca ofender alguém.

Após aproximadamente um ano e meio trabalhando comigo, Giovana me chamou para conversar. Ela agradeceu a oportunidade que eu tinha lhe oferecido, mas me disse que iria trabalhar numa ONG – o que sempre fora seu sonho. Curioso, eu perguntei a ela se o trabalho seria melhor remunerado e, para a minha surpresa, Giovana me contou que seu salário passaria a ser 40% menor. Foi então que entendi que a real motivação do trabalho de Giovana era a paixão por ajudar ao próximo, além de lutar por uma sociedade mais solidária e igual. Era isso o que a faria feliz, e não o dinheiro.

Após um ano e meio, reencontrei Giovana enquanto andava na rua e tive a oportunidade de saber como estava sua nova vida, com o novo emprego. Ela riu dizendo que apesar de não poder abusar de luxos materiais, nunca esteve tão feliz. Disse que o trabalho era difícil, porém extremamente recompensador.

Acredito que as pessoas que se doam possuem uma visão muito mais humana da vida, se relacionam melhor com as pessoas ao seu redor e valorizam o que realmente é importante.

Não é preciso fazer como Giovana e largar o emprego para se dedicar integralmente a ONGs e a comunidades. São poucos os que realmente o fazem. Entretanto, é possível sim colaborar – e falta de tempo não é desculpa. Existem muitos programas voluntários de férias, aos finais de semana, e, inclusive, há alguns virtuais, em que não é necessário sair de casa para atuar e participar voluntariamente de uma causa.

Minha dica é começar cedo, ainda jovem. Mas, na realidade, não existe idade certa para trabalhar por um mundo mais solidário. Os mais jovens podem colaborar com a disposição e dinamismo. Já os mais velhos podem partilhar suas experiências de vida e profissionais, trazendo conhecimento às comunidades carentes.

Para finalizar, farei um pedido: nas suas promessas de ano novo inclua "servir à comunidade". Cumpra do jeito que achar mais interessante, mas cumpra. E, se quiser saber como, não deixe de ler o artigo de terça-feira. Até lá!

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