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Brasil atinge marca dos 100 milhões

O Brasil registrou a marca de 100 milhões de celulares em operação em janeiro. O número representa crescimento de 15,1% da base de telefonia móvel em relação ao início de 2006, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Apesar da cifra expressiva, esse desempenho representa uma sensível queda no ritmo de crescimento na quantidade de clientes no Brasil, depois da expansão de 31,3% registrada no mesmo período um ano antes.

No mês passado, o setor atingiu 100.717.141 de linhas em operação, acima das 99.918.621 ativas em dezembro, o que representa um crescimento mensal de 0,8%, ou 798.520 novas linhas em um mês. No final do ano passado, a Anatel chegou a especular que a base poderia avançar para além da casa dos 100 milhões ainda em 2006.

Prepare-se para o que a telefonia móvel está inventando. A indústria cuja quantidade de clientes aumentou de 700 milhões para 2,7 bilhões, de 2000 a 2006, antecipou suas novidades na semana passada, durante a feira mundial 3GSM, ocorrida do dia 12 ao 15, em Barcelona (Espanha). No evento – um dos principais do setor e organizado pela GSM Association – mais de 55 mil visitantes de todo o mundo foram conferir o que 1,3 mil expositores tinham para mostrar. Pelo volume de gente, dá para imaginar que não são poucas as surpresas reservadas para a experiência móvel.

Na pauta de discussão, como fazer o mercado continuar crescendo, aumento da multimídia, transferência de dinheiro, sites específicos, publicidade, Linux e Voz sobre IP para celular. Os visitantes também puderam conhecer de antemão o que deve chegar em breve nas prateleiras, além de uma infinidade de mudanças para os aparelhinhos que estão ficando cada vez mais obrigatórios na vida do homem moderno.

Os executivos traçaram planos para manter o negócio de celular forte, que apresenta sinais de estagnação em alguns lugares, inclusive no Brasil. A saída seria oferecer produtos mais acessíveis, para conquistar as parcelas que ainda não conseguem comprar um aparelho. Algumas iniciativas de baratear a tecnologia foram mostradas na 3GSM, como o celular LG-KU250, 30% mais barato do que um aparelho básico compatível com a rede 3G – a terceira geração das redes de telefonia móvel, já presente na Europa e no Japão. A GSM Association aproveitou ainda para divulgar um estudo cuja conclusão é de que o setor estimula a economia e por isso deveria ser menos tributado do que outros.

Para intensificar o uso do celular como plataforma multimídia foram apresentados cinco pequenos filmes feitos com o aparelho para o Projeto de Filmes Curtos do Festival de Cinema Sundance, a tradicional vitrine da corrente alternativa nos Estados Unidos. Do outro lado, a versão indiana da meca do cinema comercial Hollywood, a Bollywood, juntou forças para aumentar a presença de filmes em celulares. As empresas Hungama Mobile e Roamware apresentaram dois filmes feitos especificamente para as telinhas.

De olho nos cerca de 200 milhões de trabalhadores migrantes do mundo, a MasterCard e a GSM Association formaram uma parceria para que seja possível transferir dinheiro pelo celular, mesmo sem ter uma conta de banco. A expectativa é aumentar dos atuais US$ 230 bilhões transferidos anualmente para US$ 1 trilhão até 2012.

Da comunidade entusiasta do software livre, veio a proposta de aumentar o desenvolvimento de um programa Linux para celulares. A empresa Access lançou o desafio na 3GSM, em conjunto com outras 45 empresas, para ajudar o Fórum para Padrões de Telefonia Linux (LiPS, na sigla em inglês). A Concilio Networks, por sua vez, introduziu uma solução para telefonia VoIP para celular, que conecta as redes móveis à estrutura da internet e oferece todos os benefícios da telefonia sobre IP. Já a empresa inglesa barablu apresentou um software que permite realizar chamadas gratuitas entre celulares Wi-Fi.

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