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Com a perspectiva de desaceleração econômica para o próximo ano, 2008 deve deixar saudades. No acumulado de janeiro a setembro, o Paraná criou cerca de 155 mil empregos formais, um crescimento de 7,95% em relação à 2007, apresentando o melhor resultado para o período nos últimos 16 anos. No mês de setembro, outro recorde: foram abertas 17,4 mil vagas, o maior saldo para o mês na série histórica iniciada em 1992.

Os dados foram divulgados na tarde de ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese/PR), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar do cenário pessimista com a chegada dos primeiros efeitos da crise econômica internacional ao Brasil, a expectativa é de que o ritmo de contratações continue nos últimos meses de 2008, com a possibilidade de fechar o ano superando o índice histórico de 2004, ano em que foram criados 170 mil empregos em todo o estado.

As vagas temporárias de fim de ano no comércio varejista podem contribuir para que a marca seja ultrapassada. Apenas em setembro, o número de contratações temporárias superou em 42% os números de 2007. No mês, o nível de emprego formal no Paraná registrou aumento médio de 0,83%, inferior ao desempenho nacional, que cresceu 0,91%. O interior do estado apresentou acréscimo de 0,80% no nível de emprego, enquanto a região metropolitana de Curitiba teve alta de 0,89%. Com este resultado, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Paraná é de aproximadamente 2,1 milhões.

"É importante ressaltar que, apesar da crise, a maior parte dos indicadores é positiva. Continuaremos crescendo e gerando empregos, embora em um ritmo menor", aponta o economista do Dieese, Sandro Silva. Em setembro, quase todos os setores de atividade apresentaram aumento do nível de emprego. Os destaques foram os setores de indústria de transformação (0,99%), serviços (0,63%) e comércio (0,92%). Entre os subsetores, as maiores altas estão na construção civil (1,78%), indústria têxtil e de vestuário (1,33%), indústria de alimentos e bebidas (0,96%) e comércio varejista (0,91%).

Dentre os três estados do Sul do país, o Paraná foi quem apresentou maior aumento do nível de emprego em setembro (0,83%), à frente de Santa Catarina (0,80%) e do Rio Grande do Sul (0,51%). No acumulado do ano, a situação é a mesma, com o Paraná apresentando acréscimo de 7,95%, Santa Catarina 6,10% e Rio Grande do Sul 5,15%.

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