Termina no próximo dia 29 de junho o prazo para os trabalhadores com direito ao abono salarial ano-base 2016 sacar o recurso, que pode chegar a um salário mínimo (R$ 954). O calendário começou em julho de 2017, seguindo os meses de nascimento e os números de inscrição dos servidores públicos. Até o fim de maio, no entanto, mais de 2 milhões de trabalhadores (ou 9% do total previsto) não haviam sacado o valor a que tinham direito. No total, R$ 1,6 bilhão em recursos do abono aguardam o saque.
Fique atento também: No próximo mês, começam os pagamentos do abono salarial ano-base 2017
São recursos que saem do PIS/Pasep, mas que, volta e meia, ficam encalhados, porque muitos trabalhadores não sabem que têm esse direito, principalmente porque há algumas condicionantes que vão além da renda para se ter o direito ao saque.
LEIA TAMBÉM: Confira o calendário de saques do PIS/Pasep para todas as idades (um benefício diferente do abono salarial)
O valor do benefício vai depender de quanto a pessoa trabalhou em 2016. Quem esteve empregado formalmente durante todo o ano vai receber um salário mínimo (R$ 937). Quem trabalhou apenas um mês, receberá 1/12 dessa quantia, e assim sucessivamente.
Dentre as regiões brasileiras, a Nordeste e a Sudeste acumulam a maior quantidade de pessoas que ainda não buscaram os recursos. Caso o dinheiro não seja retirado pelos beneficiários, o valor vai para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e o trabalhador só poderá sacar o abono do ano seguinte.
O ministro do Trabalho, Helton Yomura, lembra que o FAT beneficia os trabalhadores brasileiros por meio do seguro-desemprego e também pelo abono salarial, mas que os beneficiários não podem deixar de pesquisar se têm direito e realizar o saque.
O abono salarial ano-base 2016 começou a ser pago em 27 de julho de 2017. Desde então, 22,2 milhões de trabalhadores foram pagos em todo o Brasil, de acordo com a última atualização. Os valores sacados atingiram R$ 16,4 bilhões, mas ainda há R$ 1,6 bilhão à disposição dos trabalhadores.
Quem tem direito ao abono salarial
Para ter direito ao abono salarial do PIS/Pasep é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos um mês em 2016 com remuneração média de até dois salários mínimos. Além disso, o trabalhador tinha de estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
De acordo com o chefe da divisão do abono salarial do Ministério do Trabalho, Márcio Ubiratan Brito, a quantia que cada trabalhador tem para receber é proporcional ao número de meses trabalhados formalmente no ano-base e varia de R$ 80 a R$ 954.
Quem trabalhou durante todo o ano recebe o valor cheio. Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo. “Se a pessoa trabalhou um mês, recebe 1/12 do valor, se trabalhou dois meses, 2/12, e assim sucessivamente”, explica.
Os empregados da iniciativa privada, vinculados ao PIS, sacam o dinheiro na Caixa. O banco disponibiliza uma página para que o trabalhador consulte se tem direito a receber o valor. Para isso, é preciso informar o número do PIS (geralmente registrado na carteira de trabalho) e digitar a senha. Quem não tem senha, pode cadastra uma na página de consulta.
Para os funcionários públicos, a referência é o Banco do Brasil. O banco disponibiliza um aplicativo que precisa ser baixado e instalado para que o trabalhador consulte se tem direito e o valor do benefício.
Para mais informações, há alguns canais de atendimento:
Alô Trabalho do Ministério do Trabalho: 158
Caixa: 0800-726 02 07. No site do banco, também há informações sobre como sacar o recurso.
Banco do Brasil: 0800-729 00 01
(As ligações são gratuitas de telefone fixo e podem ser feitas de qualquer cidade brasileira)
-
Religião pode se misturar com política? Assista ao Pensando Bem
-
Conflito com Moraes e governo lança holofotes sobre os negócios de Elon Musk no Brasil
-
Alexandre de Moraes manda PF interrogar executivos do X no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
-
Moraes é convidado especial de Pacheco em apresentação de proposta de Código Civil
Rebaixamento da meta aumenta desconfiança sobre as contas do governo Lula
Incertezas do Brasil fazem exportador deixar dólar no exterior e elevam pressão sobre câmbio
FMI amplia projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025
Escalada de conflitos no Oriente Médio ameaça inflação e taxa de juros no Brasil
Deixe sua opinião