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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (à frente), e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) (ao fundo): divergência em torno do Perse
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (à frente), e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) (ao fundo): divergência em torno do Perse| Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

A Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) divulgou nesta terça-feira (5) um levantamento sobre a renúncia fiscal com o Programa Emergencial de Retomada de Setor de Eventos e Turismo (Perse). Segundo a entidade, a renúncia com o programa foi de R$6,5 bilhões, bem diferente do valor anunciado pelo governo de R$ 17 bilhões no ano passado.

O estudo foi feito pela Tendências Consultoria, baseado em dados oficiais, e incluindo a análise de notas fiscais. O valor de R$6,5 bilhões considerou as 44 atividades econômicas elegíveis para o Perse.

De acordo com o levantamento, houve uma recuperação mais lenta dos setores de evento e turismo em comparação com outras atividades econômicas no pós-pandemia.

O presidente da Abrape, Doreni Caramori, informou que o estudo comprova o real custo do Perse e deve sensibilizar o Congresso para impedir o fim do programa que pode “parar um ciclo de investimento”.

“Os empreendedores carregam um endividamento desde a pandemia, que foi parcelado ao longo dos anos e contam com o Perse não só para quitar esses compromissos, como para continuar trabalhando”, declarou.

O governo editou uma medida provisória no fim de dezembro para antecipar o fim do Perse. O Congresso havia prorrogado o programa até 2026, mas a MP promove uma redução gradual no benefício fiscal a partir deste ano, com extinção em 2025. A decisão do governo foi criticada por parlamentares e empresários, e as notícias de que a Fazenda está investigando irregularidades são descritas como "chantagem" por oposicionistas.

Nesta terça-feira (5), o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou que o governo vai propor uma versão mais enxuta do Perse. O tema está no centro de uma discussão que colocou o governo e o Congresso em rota de colisão pela intenção do ministro acabar com o programa antes do previsto.

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