- Justiça determina que 50% dos seguranças do transporte de valores voltem ao trabalho
- Audiência de conciliação termina sem acordo e greve continua
- Não há plano de contingência para desabastecimento dos caixas eletrônicos, diz sindicato
- Audiência no TRT pode encerrar greve que afeta caixas eletrônicos
- Curitiba já sofre com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos
- Vigilantes mantêm greve que restringe saque de dinheiro em bancos
- Greve: Bancos limitam valor de saque no autoatendimento e no caixa convencional
- Bancos limitam saques nos caixas diante de greve de vigilantes
Os seguranças de transporte de valores com carro-forte do Paraná decidiram, em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (7), encerrar a greve da categoria, iniciada em 1º de fevereiro e que afetava o abastecimento de dinheiro em caixas eletrônicos de diversos bancos. Em todo estado, cerca de 1,8 mil trabalhadores estavam parados.
Os empregados voltam ao trabalho na quarta-feira (8). A expectativa é de que o abastecimento nos caixas eletrônicos seja normalizado. O retorno dos seguranças já foi confirmado em Ponta Grossa, Curitiba, Londrina e Maringá.
A decisão foi tomada depois de o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT) ter determinado, também nesta terça-feira, que metade dos empregados de cada empresa do estado retornasse ao trabalho.
Segundo Paulo Sérgio Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Valores e Escolta Armada do Paraná (Sindeesfort-PR), a assembleia realizada optou pelo retorno às atividades enquanto o dissídio da categoria é analisado no TRT. "Voltamos a trabalhar na quarta-feira em todo o estado e aguardamos o julgamento do dissídio. A gente está apostando na Justiça do Trabalho, para que recebamos um bom reajuste", comenta.
Em relação à decisão sobre o dissídio, ainda não há previsão de quando o TRT vai terminar de analisar o caso.
Retorno ao trabalho
Ainda nesta terça-feira (7), o desembargador Altino Pedrozo dos Santos, que analisava uma ação que pedia que a greve fosse considerada abusiva, havia determinado o retorno dos trabalhadores ao trabalho e que as empresas de transporte fornecessem carros em quantidade suficiente para a realização das atividades.
A decisão foi tomada depois de denúncias feitas à Federação dos Vigilantes do Estado do Paraná (Fetravispp) informando que uma empresa de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, teria mandado os veículos retornarem aos pátios depois que os trabalhadores resolveram retomar as atividades. O desembargador ainda havia fixado multa de R$ 20 mil por dia em caso de descumprimento da decisão.
Em Ponta Grossa, os cerca de 60 trabalhadores do transporte de valores já haviam voltado ao trabalho na manhã desta terça-feira (07).
Greve
Os reflexos da paralisação foram sentidos em Curitiba e no interior do Paraná. Houve falta de dinheiro em alguns caixas eletrônicos de todo o estado. Uma audiência de conciliação entre as partes ocorreu no TRT na segunda-feira, mas não houve acordo.



