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Após um leilão que atrasou em quase 30 minutos o início das operações, as ações da Gol iniciaram a sessão de sexta-feira desabando mais de 11% após forte corte na estimativa de margem operacional da empresa para 2011.

O papel da companhia aérea tombava 11% às 10h36, a 13,65 reais, enquanto o Ibovespa cedia 1%. As ações da TAM, principal concorrente da Gol, também repercutiam negativamente a notícia, recuando 4,5%, a 30,86 reais.

Na noite de quinta-feira a companhia informou a redução da previsão de margem operacional para 2011, uma vez que custos maiores de combustíveis e despesas com investimentos em pessoal devem impactar o lucro.

A projeção para o lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês), ou margem operacional, foi reduzida de uma faixa de 6,5 a 10% para 1 a 4%.

Em relatório, o Itaú BBA afirma que o cenário atual traçado pela companhia "é muito pior do que estávamos prevendo (...) O que as novas estimativas da Gol implicam é preocupante: em vez de compensar os custos maiores, os yields estão também se contraindo."

Embora tenha elevado sua previsão de crescimento da demanda doméstica de 10 a 15% para 12 a 18%, a Gol cortou também a expectativa de yield, importante medidor do preço cobrado pelas passagens aéreas, deste ano de 19,5 a 21 centavos de real para 18,5 a 19,8 centavos.

A Gol disse que seus números revisados para 2011 levaram em conta os preços mais elevados dos combustíveis, que responderam por 40: do total de custos da companhia nos primeiros seis meses do ano.

A companhia também citou custos adicionais com a contratação de 395 copilotos em fase de treinamento para garantir os planos futuros de crescimento sustentável.

A Gol também irá encerrar suas operações de voos fretados com as seis aeronaves Boeing 767, e a devolução antecipada de três aviões desse modelo acarretou despesas adicionais.

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