Acesso foca na classe média da RMC

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A adição de 39 milhões pessoas à classe C brasileira na última década movimentou o mercado da educação particular. O que beneficiou alguns grupos educacionais, como o Acesso, fundado em Curitiba há nove anos. José Luiz Chong (foto), diretor presidente do grupo, recebeu o repórter Pedro Brodbeck e contou em entrevista que o foco da instituição para continuar aumentando sua base de alunos – hoje de 4,7 mil – está na Região Metropolitana de Curitiba. Confira os principais trechos da conversa.

De que forma o crescimento da classe média na última década influenciou o rumo dos grupos educacionais?

Quando criamos o grupo, nem sabíamos que a classe C teria este crescimento tão acentuado que nos beneficiou. No nosso caso, só queríamos oferecer um curso de alta qualidade e mensalidade acessível, por isso formulamos três pilares que nos norteiam até hoje: qualidade, disciplina e preço. Oferecemos cursos preparatórios, em média, a 60% do valor da mensalidade de outros grupos educacionais. Na minha avaliação, este foi o diferencial que nos manteve mesmo em tempos difíceis para o setor, principalmente no começo da década passada.

Como se deu a aposta em mensalidades mais baratas em um período de crise?

Com o aumento do número de faculdades e centros universitários, os cursos preparatórios para o vestibular perderam força. Tínhamos que manter a nossa margem de lucro e vimos que teríamos que aumentar a nossa arrecadação. Apostamos que, com uma mensalidade mais baixa, poderíamos aumentar a nossa base de alunos e, consequentemente, a nossa receita.

E como é possível aumentar a base quando há menos alunos nos cursos pré-vestibulares?

Queremos atuar onde há menos serviço e mais oportunidades para investir em educação. Abrimos três unidades neste ano. Uma delas em Santa Felicidade e outras duas na região metropolitana: em Almirante Tamandaré e Fazenda Rio Grande. Nosso plano é aumentar a nossa atuação nestes municípios até o ano que vem. Eles querem se preparar para a universidade, mas os cursinhos ficam muito longe. Apostamos que a proximidade da escola, menos gastos em transporte e economia de tempo serão diferenciais para os alunos destes municípios.

Vocês fizeram alguma pesquisa entre os alunos para estudar o potencial da Região Metropolitana de Curitiba?

Não. Foi a percepção que temos de que são cidades que carecem destes serviços. Temos 7% dos nossos alunos matriculados nestas duas unidades, mas há um potencial enorme de crescimento. Somente no segundo semestre, quando começaremos turmas de semi-extensivo, já vamos aumentar consideravelmente o número de alunos. Com estimativa de 1,2 mil novas matrículas.

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Litoral em alta

Apesar da chuva e do frio, o litoral paranaense registrou movimento acima da média em junho, considerado o mês mais fraco do ano pelos comerciantes. O principal responsável pelo aumento no fluxo de turistas foi a 2.º edição do Festival Sabores do Litoral, promovido pela Concessionária Ecovia.

O evento, criado no ano passado com o propósito de movimentar os municípios da costa do estado na baixa temporada, atraiu milhares de visitantes da capital, Região Metropolitana, cidades do interior do Paraná e até mesmo de estados vizinhos. Os restaurantes participantes, que concederam 20% de desconto durante o mês de junho, comercializaram 1.994 pratos, número 19% maior em relação à 1.º edição do Festival. Destaque para o restaurante Ponte Velha, de Morretes, com 385 pratos vendidos e o A’Bonbonne, de Paranaguá, com 184.

A 2.º edição do Festival contou com 27 estabelecimentos inscritos, 35% a mais do que em 2011, dos municípios de Antonina, Pontal do Paraná, Matinhos, Morretes, Guaratuba e Paranaguá, além da Ilha do Mel.

Imóveis Curitiba tem novo dono

O Imovelweb, maior portal de oferta e anúncio de imóveis do Brasil em audiência, que conta com o fundo Tiger Global como principal controlador, adquiriu o controle total do Imóveis Curitiba, na última semana. Segundo o Imovelweb o acordo que foi assinado no fim do ano passado e a unificação das duas empresas já está na fase final.

Implementos

O grupo paranaense Hübner terá um novo parceiro na RodoLinea, que fabrica implementos rodoviários em Curitiba. É a fabricante de carretas Noma. Em princípio, a Noma terá de 10% a 15% na RodoLinea, podendo elevar essa participação para 50% no prazo de dois anos.

Com a sociedade, a Noma ganha mais penetração no mercado de carretas utilizadas para o transporte de cana-de-açúcar. A RodoLinea, hoje, é a segunda maior fabricante no segmento canavieiro, com uma participação de 17% do total vendido no país.

Que tal um sócio alemão?

Segundo a Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Alema­­nha, "uma grande companhia do setor de construções de equipamentos especiais de refrigeração" está procurando parceiras brasileiras para produzir de acordo com as nor­­mativas alemãs. A empresa exporta produtos para os Es­­tados Unidos e a Europa e também quer entrar forte no mer­­cado brasileiro. Quem se interessar pode ligar para (41) 3323-5958 ou mandar e-mail para ahkcuritiba@ahkbrasil.com

Apostas do Ano

Curitiba: 4,5 mil turistas neste semestre

A capital paranaense será sede de dez novos eventos a partir do segundo semestre de 2012. A projeção do Curitiba, Litoral e Região Convention & Visitors Bureau (CCVB), que trabalhou na captação da agenda, é de que a cidade receba 4,5 mil pessoas, com geração de renda na ordem de R$ 4 milhões. De acordo com pesquisas dos bureaus nacionais, são 89 mil pernoites e 52 setores econômicos atingidos com as realizaçõesão do primeiro semestre de 2012. A média de permanência do turista de negócios é de três dias e o gasto em hospedagem, transporte local, alimentação, compras e outras despesas, é de R$ 320 por dia.

Desafiador

O mercado de ações, com o agravamento da crise internacional, deve continuar desafiador até o fim do ano e oferecer fortes emoções para os investidores. A opinião é do gerente estrategista de renda variável do HSBC, Carlos Nunes. O varejo, principalmente aquele que depende de crédito, deixou de ser um dos queridinhos do mercado, com o aumento da inadimplência. Já o varejo alimentar e supermercadista ainda pode ser uma boa opção, assim como o setor de energia, principalmente empresas que vêm pagando bons dividendos.