O principal índice acionário da Bovespa começou o segundo semestre em alta, impulsionado pela disparada das ações da OGX nesta segunda-feira (2), que saltaram mais de 14%, devolvendo parte do tombo da semana passada.
O Ibovespa subiu 0,62%, a 54.692 pontos, ampliando os fortes ganhos da sexta-feira. Na mínima, o índice chegou a recuar 0,72%. O giro financeiro da sessão ficou em R$ 5,11 bilhões.
"Se não fosse pela alta da OGX, o Ibovespa estaria bem mais parecido com o Dow Jones, em Wall Street [que fechou em queda de 0,07%]", disse o sócio da Oren Investimentos, Gustavo Mendonça.
"O mercado está meio parado, sem direção, esperando novas resoluções que podem surgir da reunião do Banco Central Europeu na quinta-feira e os dados do payroll nos Estados Unidos na sexta-feira."
As ações da OGX saltaram 14,55% na sessão, a R$ 6,30, devolvendo parte do tombo de 40,5% registrado na semana passada, após a decepção do mercado com dados de produção de petróleo da empresa de Eike Batista.
Nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciou que decidiu manter as notas da OGX apesar da produção menor que esperada no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos.
O movimento de correção nos papéis da OGX também era visto em outras ações do grupo 'X', como LLX, que subiu 4,52%, a R$ 2,31, e MMX, que avançou 3,42%, a R$ 6,05.
Ainda entre as maiores altas, a ação da empresa de logística ALL subiu 5,78%, a R$ 8,97. A companhia anunciou nesta segunda-feira que nomeou Eduardo Pelleissone como novo diretor-presidente.
Entre as blue chips, a preferencial da Petrobras passou a subir na parte da tarde e fechou com alta de 0,6%, a R$ 18,36. Em sentido oposto, a da Vale marcou leve queda de 0,08%, a R$ 39,13.
A queda do setor de construção na sessão limitou os ganhos do Ibovespa, com destaque para Gafisa, que caiu 4,18%, a R$ 2,52 reais, e Rossi, que recuou 3,65%, a R$ 4,75.
Segundo um operador, a baixa do setor reflete um movimento de realização em alguns papéis, após altas expressivas registradas na sexta-feira.
Fracos indicadores divulgados nesta segunda-feira nos Estados Unidos, Europa e China trouxeram cautela aos mercados, renovando as preocupações com uma desaceleração da economia global.
Ao mesmo tempo, analistas afirmaram que esses dados reforçaram a percepção de que o bancos centrais poderiam adotar novas medidas para estimular a recuperação das economias.
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em queda de 0,07%, enquanto o S&P 500 subiu 0,25%. Mais cedo, o principal índice das bolsas europeias teve alta de 1,36%.
Na cena doméstica, investidores também repercutiram a redução, pela oitava semana seguida, para as estimativas de crescimento para a economia em 2012, de 2,18% para 2,05%.
"O mercado está um pouco mais pessimista com o crescimento do mercado brasileiro. A Europa continua no foco, mas se os dados de produção industrial brasileira, que será divulgado amanhã, vierem muito abaixo do esperado, isso pode ter efeito ruim para a bolsa", afirmou Mendonça.
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