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Em um pregão reduzido por causa do jogo do Brasil contra Camarões pela Copa do Mundo, o principal índice da Bolsa brasileira fechou esta segunda-feira (23) em queda, influenciado pela desvalorização de mais de 2% das ações da Petrobras.

O Ibovespa caiu 0,78%, para 54.210 pontos. Foi a segunda perda consecutiva do índice. O giro financeiro foi de R$ 3,2 bilhões, inferior à média diária em junho, de R$ 5,62 bilhões. As ações da Petrobras e dos bancos pressionaram a Bolsa brasileira. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da petroleira cederam 2,14%. Já Itaú e Banco do Brasil tiveram perdas de 0,74% e 0,82%, respectivamente. Os papéis preferenciais do Bradesco mostraram desvalorização de 0,82%.

"Foi um dia mais curto, com menos negócios e poucas referências, por isso acabou prevalecendo as perspectivas negativas para a economia brasileira em 2014", diz Roberto Indech, responsável pela área de estratégias da corretora Rico.com.vc. "As ações da Petrobras continuaram o movimento da semana passada, devolvendo parte do forte ganho acumulado no início do mês por pesquisas eleitorais", acrescenta.

Hoje, segundo analistas, ganhou relevância entre os investidores a nova queda nas projeções de expansão da economia brasileira em 2014. Segundo o Boletim Focus do Banco Central - que colhe projeções entre cerca de cem instituições -, a previsão para a alta do PIB passou de 1,24%, na semana anterior, para 1,16%. É o quarto recuo seguido.

A perspectiva negativa para a economia doméstica se sobrepôs a dados otimistas divulgados na China. A atividade do setor industrial naquele país cresceu em junho pela primeira vez em seis meses, oferecendo novos sinais de que a segunda maior economia do mundo está se estabilizando.

As ações preferenciais da Vale subiram 1,51%, enquanto as ações da Bradespar –que possui participação na Vale– avançaram 2,39%. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira.

Também no azul, as ações da Eletropaulo tiveram ganho de 1,35%. Analistas esperam que o reajuste tarifário da companhia, a ser divulgado em 4 de julho, impacte positivamente suas ações. A empresa pediu reajuste de 16,69% à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Câmbio

No câmbio, o dia foi de alívio para o real devido ao baixo volume de negócios e o fechamento antecipado do mercado. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,80% sobre a moeda brasileira, cotado em R$ 2,219 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,58%, para R$ 2,218.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4 mil contratos de swap (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por um total de US$ 198,5 milhões.

A autoridade também promoveu um novo leilão para a venda de 10 mil contratos de swap que vencem em 1º de julho, por US$ 494,7 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 65% dos papéis com prazo para o primeiro dia do mês que vem.

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