As ações do grupo farmacêutico Schering disparavam mais de 24% nesta segunda-feira, depois do anúncio da oferta de compra feita pela companhia alemã Merck. O grupo confirmou a oferta de 14,6 bilhões de euros, ou 77 euros por ação, para adquirir a concorrente. No domingo, a Schering afirmara que representantes da Merck haviam elevado a oferta, mas a companhia explicou que esta a subavaliava substancialmente.
A oferta representaria um prêmio de 15% sobre o fechamento das ações da Schering na sexta-feira, de 66,86 euros. Por sua vez, o presidente do conselho de segurança da Merck, Wilhelm Simson, garantiu que ambas as empresas negociaram a operação, embora sem resultados. Segundo ele, a empresa não pretende desintegrar a Shering, acrescentando que todos os setores de negócio de ambas firmas se complementam.
A empresa, controlada pela família alemã Merck, calcula que a fusão poderia criar sinergia de 500 milhões de euros ao ano a partir de 2009. A operação prevê que a Merck ficaria com 51% das ações ao término do prazo fixado para a aceitação da oferta, com a qual a companhia espera não ter problemas com os órgãos reguladores.
Em 2005, a Schering lucrou 5,3 bilhões de euros, enquanto a Merck ganhou 5,9 bilhões de euros. Maior produtor mundial de anticoncepcionais, a Schering emprega 25 mil pessoas.
