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Até a oportunidade dada pela canadense BlackBerry, a Foxconn era conhecida apenas por montar smartphones | Pichi Chuang/Reuters
Até a oportunidade dada pela canadense BlackBerry, a Foxconn era conhecida apenas por montar smartphones| Foto: Pichi Chuang/Reuters

Um novo acordo da Foxconn com a BlackBerry marca o maior passo da empresa de Taiwan para intensificar sua presença na cadeia de fornecedores de maior valor agregado, com chance de não apenas montar smartphones, mas ajudar a projetá-los também.

O acordo para projetar e colocar no mercado telefones começando pela Indonésia – quarto país mais populoso do mundo, mas com baixa penetração de celulares – é uma benção para uma megafabricante tentando fazer crescer suas margens, ao mesmo tempo em que pode ajudar a companhia a buscar uma fatia maior do mercado global de dispositivos móveis.

Mais conhecida por montar iPhones, a Foxconn se aperfeiçoou para cumprir as normas exigentes da Apple e o rigor da cadeia de suprimentos. A companhia tem uma força de trabalho de mais de 1 milhão e escala para negociar preços de componentes mais baratos do que a BlackBerry poderia obter sozinha.

Na sexta-feira passada, a BlackBerry anunciou que a Foxconn ajudará a projetar o hardware para seus futuros dispositivos de baixo preço, como parte de um acordo de cinco anos. A BlackBerry permanecerá focada em tecnologia de software.

A empresa canadense quer produzir muitos dos novos celulares na Indonésia – o primeiro modelo novo tem codinome "Jakarta". Por lá, a Foxconn tem sido capaz de navegar pela burocracia por mais de um ano para estabelecer uma fábrica na maior economia do sudeste asiático.

A Foxconn – nome fantasia da Hon Hai Precision Industry – espera um acordo com as autoridades locais em fevereiro, e planeja criar joint ventures com empresas privadas locais para explorar o potencial vasto do mercado na região. Enquanto aguarda a criação de instalações de produção na Indonésia, a Foxconn vai fazer telefones BlackBerry em suas fábricas chinesas.

Funcionários do governo indonésio disseram que a Foxconn quer gradualmente investir até US$ 10 bilhões em cinco anos com a parceira local Erajaya Swasembada e a Indonésia vai oferecer para a empresa taiwanesa um pacote de incentivos tributários.

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