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Foz do Iguaçu – A Infraero dobrou o número de aeroportos com a categoria 1 na Região Sul. A nova classificação é inferior apenas aos aeroportos internacionais de Guarulhos, em São Paulo, e Antônio Carlos Jobim, o antigo Galeão, no Rio de Janeiro. Além dos terminais de Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR), também receberam a nova categorização os aeroportos de Florianópolis (SC) e Foz do Iguaçu (PR), o primeiro do interior a obter o status.

Na prática, a mudança oficializada na semana passada pela Infraero torna os dois aeroportos candidatos a investimentos em obras de ampliação e projetos de infra-estrutura. Segundo o superintendente do terminal de Foz, Washington Santana da Silva, o aeroporto deverá licitar em parceria com a Prefeitura as obras de ampliação das áreas de embarque e de desembarque de vôos domésticos, além de mudanças no acesso e a área de estacionamento. "Queremos concluir essas obras até junho deste ano", estima. Recentemente, o asfalto da pista de 2.195 metros foi refeito para dar mais segurança aos pousos e decolagens, num investimento de aproximadamente R$ 3 milhões.

O crescimento da demanda doméstica foi um dos fatores que habilitou o terminal de Foz à nova categoria. De 2003 para 2004 houve um aumento de 27% no número de embarques e desembarques. De 2004 para 2005, o crescimento foi de 36,7%, com uma movimentação de 800 mil passageiros. Destes, somente 15 mil vieram de vôos internacionais que operaram até outubro passado, quando se acentuou a crise na Varig e a companhia passou a priorizar os vôos domésticos. Os vôos charter também não vêm tendo a mesma regularidade do verão passado, com uma média de oito linhas por mês.

A posição estratégica entre os países do Mercosul e a visibilidade internacional decorrente das Cataratas do Iguaçu também contribuíram para a promoção. "Os vôos para fora do país acabaram se concentrando nos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Rio de janeiro e o importante é ter rotas para estes terminais", explica o superintendente da Infraero, lembrando que o aeroporto de Foz tem condições de operar tranqüilamente vôos para o Mercosul.

A despeito de os outros dois aeroportos existentes na fronteira (em Puerto Iguazu, Argentina, e Ciudad del Este, Paraguai) levarem vantagem na tarifa e combustíveis mais baratos, o Aeroporto de Foz do Iguaçu ainda tem a maior movimentação de passageiros e perde apenas para o transporte aéreo de cargas.

A elevação da categoria trouxe junto a majoração de 27% na tarifa de embarque paga pelo passageiro. A taxa para embarque doméstico passou dos R$ 15,42 para R$ 19,62. Para embarque internacional, o taxa subiu de US$ 30 para US$ 36. Nos outros aeroportos da fronteira, a taxa de embarque é única para vôos domésticos ou internacionais: cerca de US$ 18.

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