• Carregando...
Os presidente da Microsoft, Steve Ballmer (à esquerda), e do Skype, Tony Bates, anunciaram o negócio, em São Francisco, no dia 10 de maio | Divulgação/Microsoft
Os presidente da Microsoft, Steve Ballmer (à esquerda), e do Skype, Tony Bates, anunciaram o negócio, em São Francisco, no dia 10 de maio| Foto: Divulgação/Microsoft

Concorrência

A concorrência do Skype ainda é muito limitada.

Facetime

A Apple lançou em 2010 o seu próprio aplicativo de videoconferência, chamado de Facetime. Desenvolvido especificamente para iPhone, iPod Touch e e iPad, o aplicativo consegue alternar entre as duas câmeras do smartphone e entre os modos paisagem e retrato. No entanto, só faz videochats de Apple para Apple.

Google Voice

O serviço de voz e vídeo sobre IP do Google, o Voice, foi aberto ao público no meio do ano passado e, por enquanto, ainda não decolou. Até porque o aplicativo só funciona nos Estados Unidos, onde a empresa está implantando a plataforma nos celulares da operadora Sprint.

Um titã compra uma empresa admirada – mas não muito lu­­crativa – por uma quantia astronômica. Desde que o Google garfou o YouTube por US$ 1,6 bi­­lhões em 2006 isso deixou de ser novidade para virar rotina na competitiva indústria de internet. Gigantes engolem startups porque é mais fácil comprar um pacote que já tenha um conceito vitorioso, uma tecnologia testada, a equipe que a desenvolveu e, de quebra, todos os usuários que eles conquistaram.

Foi isso que a Microsoft fez quando aceitou pagar US$ 8,2 bilhões pelo Skype, o mais popular programa de voz e vídeo so­­bre IP da internet. O Skype, as­­sim, repetiu o papel em que esteve quando passou para as mãos do eBay, em 2006. O grupo, que além do site de leilões é dono também do PayPal, repassou o Skype, há um ano e meio, para um grupo de investidores. Eles faturaram pesado – cerca de US$ 5 bilhões, mais de três vezes o que investiram – com a venda para a Microsoft.

Muita gente se assombrou com a quantidade de dinheiro que o CEO Steve Ballmer decidiu gastar e se perguntou a razão de tal investimento. A decisão certamente não foi técnica. Afinal, a Microsoft desenvolveu as mesmas funcionalidades do Skype no Windows Live Messenger, que aceita conversas de voz e vídeo e que está integrado ao Office. O que a empresa ganha, então? Principalmente, os 170 milhões de usuários do Skype, 9 milhões deles pagando mensalmente para ligar para telefones fixos. Além disso, a Microsoft também vira líder na área de ligações internacionais de longa distância, o que pode impulsionar a sua divisão de produtos móveis.

Marca

A marca do software também será crucial para que a Microsoft, ainda muito atrás de Apple e Google no mercado móvel, possa mostrar algo que seus rivais não terão. O futuro Microsoft Skype provavelmente só terá todas as suas funcionalidades no Win­­dows e nos aparelhos equipados com o sistema operacional Win­­dows Phone.

A finlandesa Nokia também deve ganhar com isso, pois adotará o Windows Phone em toda a sua linha até 2012. Já iPhones e Androids devem ganhar versões simplificadas, com menos funções e talvez até cobradas.

Fim

No ano passado, a renda total do Skype foi de US$ 860 milhões, quantia que tem tudo para ser multiplicada com a infraestrutura oferecida tanto pela Microsoft quanto pela Nokia.

Mas, ainda assim, muitos temem que a Microsoft, com sua sede de lucro e pressa para voltar ao topo, mate o programa. As úl­­timas aquisições da empresa – Sidekick, Groove, Placeware, Massive, LinkExchange e WebTV – foram todas fechadas, mas sempre há um Hotmail (comprado em 1997) para provar a tese contrária.

Com o Skype integrado a Xbox (e Xbox Live), Kinect, Offi­ce, Outlook, Hotmail e Windows Phone, vai ser difícil a Microsoft perder dinheiro. Já o usuário...

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]