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Londrina – O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Maciel, considera superado o impasse em torno da febre aftosa no Paraná. Segundo ele, as prioridades, agora, são a recuperação dos mercados internacionais de carnes e o combate da doença na América do Sul. A seguir, os principais trechos da entrevista coletiva que ele concedeu nesta quinta-feira, dia 06 de abril, na abertura do Fórum Nacional dos Secretários da Agricultura, evento da ExpoLondrina.

Gazeta do Povo - O Paraná não aceita a declaração do Ministério da Agricultura, que apontou sete focos de aftosa no estado. Qual sua avaliação?

Gabriel Alves Maciel - A gente respeita. Mas isso já está superado. Vamos tirar objetivos concretos e definitivos para Paraná e Mato Grosso do Sul.

Qual a razão da demora de quatro meses para se chegar a um diagnóstico no Paraná?

Tivemos precaução. Para se ter a definição que tivemos, é preciso segurança. Seguimos as normas internacionais.

De quem é a responsabilidade pelo ressurgimento da febre aftosa no Paraná e em Mato Grosso do Sul?

Todos nós temos responsabilidade. Os pecuaristas, o governo federal e o estado. O que temos de fazer agora é recuperar o status de zona livre de aftosa. Tínhamos 16 estados com esse status e agora só temos 4. Mas já estamos recuperando mercado, o que é importante. A Rússia liberou o Rio Grande do Sul no dia 4. Estamos trabalhando também por Santa Catarina. Defendemos que eles (os mercados internacionais) sigam as normas da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) e da União Européia. Com isso, ficariam de fora das exportações, no momento, apenas Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.

É possível o Brasil defender na OIE que, para se decretar foco de aftosa, seja necessário o isolamento viral, e não apenas sorologia positiva e vinculação de origem dos animais, como ocorreu no Paraná?

Tem uma discussão forte no Cone Sul sobre isso. A OIE está discutindo internamente essa questão. Mas é uma decisão de região, não de país. Vamos seguir a maioria.

O senhor acha possível mudar as regras da OIE?

O que está sendo cumprido hoje foi acordado com os países-membros. Quem terá de discutir são esses países. A OIE vai ter a sua reunião geral em 20 de maio. Hoje, a questão é muito difícil. Não é só o Brasil que tem problema, mas a região (América do Sul) toda.

O que o Brasil precisa fazer para evitar novos problemas com a aftosa?

Temos de trabalhar com os estados. Estamos bastante avançados nas questões de fronteiras. Temos de trabalhar com os vizinhos. O problema não está só lá, mas aqui também. Na segunda e na terça, em Brasília, vamos nos reunir com todos os ministros do Cone Sul, no seu Conselho Veterinário Permanente (CVP), para discutir um plano integrado sobre as fronteiras.

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