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As exportações paranaenses de carnes bovina e suína desaceleraram após a descoberta de focos de aftosa no Mato Grosso do Sul, em outubro de 2005. Os embarques de cortes de bovinos estavam em queda até setembro do ano passado, tendência que foi potencializada pela chegada da doença em solo brasileiro. As vendas de suínos, que apresentavam crescimento robusto nos primeiros nove meses de 2005, passaram a andar em um ritmo menor.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), as exportações de carne bovina registraram no ano passado queda de 48,15% no bovino refrigerado e 14,88% no congelado, em relação a 2004. O resultado é pior do que o contabilizado nos primeiros nove meses do ano: redução de 44% em refrigerados e de 10% nos congelados. A tendência de retração mais forte neste setor já levou à redução de quadros. Os frigoríficos paranaeses demitiram, desde outubro, 650 funcionários. As previsões são de mais cortes para o primeiro semestre deste ano.

O setor de suinocultura também sentiu um solavanco após a descoberta da aftosa. As exportações de carcaças cresceram 331% nos primeiros nove meses do ano, mas fecharam 2004 com aumento menor, de 231,5%. No segmento de carne congelada houve retração semelhante, com crescimento de 85,5% até setembro e de 62% no fechamento do ano.

Segundo o Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Paraná (Sindicarne) o prejuízo provocado pela aftosa chega a US$ 13,8 milhões no setor de bovinos. A situação é ainda pior para os suinocultores, que viram as metas de exportação ruírem. "Até outubro estávamos exportando dentro das previsões, mas houve uma queda drástica", diz Irineu Wessler, presidente da Associação Paranaense de Suinocultura. A expectativa do setor era fechar o ano com exportações de suíno congelado de US$ 184 milhões, e o resultado foi US$ 35 milhões menor. "O pior é que, não exportando, aumenta a oferta para o mercado interno e o preço cai", completa. Hoje, o quilo do suíno é vendido a R$ 1,55. Até outubro o preço era de R$ 2,45.

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