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A Grécia foi forçada pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, a inflar seu déficit no orçamento de 2009 a fim de justificar a adoção de medidas de austeridade no país. A afirmação é de uma ex-integrante do conselho do escritório de estatísticas do país a um jornal grego, segundo reportagem publicada hoje.

Em comentários ao jornal Eleftherotypia, Zoe Georganta, professora de Econometria e ex-membro do conselho da Autoridade Helênica de Estatística, disse que o déficit foi "tecnicamente" inflado para se tornar o maior na Europa.

"O déficit do país em 2009 foi apresentado em 15,4% do Produto Interno Bruto (PIB) pela Eurostat intencionalmente. Ele precisava ser mais alto que o da Irlanda, que estava em 14%, para medidas duras serem tomadas contra a Grécia", disse ela ao jornal.

Após vencer as eleições de outubro de 2009, o governo do Partido Socialista revisou o déficit orçamentário de 2009 para em torno de 12% do PIB, o dobro do admitido pelo governo anterior. Uma série de revisões nos meses seguintes elevou esse déficit para 15,4% do PIB.

Em entrevistas a duas rádios, Georganta disse que o déficit de 2009 era de em torno de 12% do PIB. De acordo com ela, porém, o governo foi pressionado pela Eurostat a incluir os gastos de companhias públicas e empresas estatais, sem incluir a renda delas.

Respondendo às declarações, o ministro do Meio Ambiente, George Papaconstantinou, que primeiro divulgou o déficit quando era ministro das Finanças, em 2009, disse que a revisão orçamentária foi feita em cooperação estreita com a Eurostat, baseando-se na metodologia usada em todos os países europeus.

"Vamos entender a posição difícil em que estava o país, em vez de buscar desculpas baratas baseadas em teorias da conspiração para o desregramento completo fiscal do país", afirmou o ministro em comunicado. As informações são da Dow Jones.

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