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Paulo Bernardo, na abertura da ExpoLondrina: recursos mantidos no Orçamento | Gilberto Abelha/Gazeta do Povo
Paulo Bernardo, na abertura da ExpoLondrina: recursos mantidos no Orçamento| Foto: Gilberto Abelha/Gazeta do Povo

A força do setor agropecuário brasileiro como fator de blindagem frente à crise mundial deu o tom aos discursos das autoridades que participaram da abertura da 49ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, ontem à tarde, no Parque Governador Ney Braga.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que em eventos similares à ExpoLondrina por onde passou este ano constatou a "força da produção" como fator de proteção da economia nacional no atual cenário. "Por isso tivemos o cuidado de manter os recursos dos principais projetos do Ministério da Agricultura. Contigenciamos apenas as emendas de parlamentares", afirmou Bernardo. Tiveram recursos assegurados no orçamento a pesquisa agropecuária, a defesa sanitária e o crédito para a comercialização da produção.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também destacou em seu discurso o potencial da agropecuária brasileira para proteger a economia nacional da crise mundial. "Dos sete principais produtos que compõem o saldo positivo da balança comercial brasileira, seis são de origem agropecuária", comentou o ministro. Stephanes salientou, no entanto, que apesar da importância da produção rural, o setor tem "muito pouca força nas decisões políticas" que o regulam.

Ele exemplificou com a questão da legislação ambiental. "Com toda a força que a agropecuária tem, quando é que o setor participou da legislação ambiental em vigor?", questionou, observando que o atual Código Florestal foi criado por Medida Provisória em 2001.

"A crise deve ser encarada com inteligência", disse o governador Roberto Requião, afirmando que o governo federal tomou uma atitude inteligente ao manter no Orçamento os recursos para o setor agropecuário. No entanto, o governador cobrou uma ação mais efetiva para elevar a oferta de crédito para o setor produtivo. "O governo deveria estatizar o controle dos empréstimos compulsórios dos bancos, que já foram flexibilizados, mas as instituições financeiras, em vez de utilizarem esses recursos para aumentar a oferta de crédito, aplicaram em títulos para se proteger", disparou.

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