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A oferta de emprego no Paraná entre os meses de janeiro e junho deste ano sofreu uma distribuição irregular entre as 11 regiões do estado. É o que aponta uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), divulgada nesta terça-feira (22), na qual quatro áreas paranaenses tiveram um crescimento acima da média em comparação as demais. No primeiro semestre foram abertos 69 mil postos de trabalho no estado, um número que incrementou em 3,95% a fatia de pessoas que trabalham com carteira assinada no Paraná, em um comparativo com o mesmo período de 2005.

As regiões que mais se destacaram na geração de emprego foram o Norte Pioneiro (com avanço de 11,9% e a criação de 7,7 mil vagas), o Noroeste (11% e 10 mil vagas), o Norte Central (5% e 18 mil vagas) e o Sudoeste (4,3% e 2,8 mil vagas). De acordo com o Dieese, a comparação foi feita com base em dados do Ministério do Trabalho que incorporam apenas os empregos formais. As quatro áreas registraram fortes contratações feitas pela indústria de alimentos. No Sudoeste, os setores de serviços e a construção civil também impulsionaram as contratações.

Para o economista Sandro Silva, do Dieese, o crescimento do mercado interno fomentou o maior índice de empregos nas regiões citadas. Nessas localidades os empregos temporários nos primeiros meses do ano por conta da agricultura são uma realidade. Ainda segundo o economista, o ritmo de criação de empregos no primeiro semestre deste ano foi 6% menor do que no mesmo período de 2005, quando foram abertas 74 mil vagas. A maior parte das regiões do Paraná foi afetada pela combinação de juros ainda elevados e pela valorização do real em relação ao dólar – o que dificulta a vida dos exportadores.

Curitiba e região

Na Grande Curitiba, o nível de emprego teve alta de 2,8%, com a criação de 20,9 mil empregos formais, com peso maior para as áreas que atendem o mercado interno. O maior número de vagas, cerca de 12 mil, estão no setor de serviços, com destaque para o grupo de serviços técnicos e de administração de imóveis (4,7 mil contratações) e de hotelaria, alimentação e manutenção (3,4 mil postos).

O pior resultado ficou localizado na região Centro-Sul, entre Guarapuava e Palmas, onde o número de pessoas empregadas cresceu apenas 0,8% no semestre. As demissões em massa causadas pela industria madeireira e a agricultura foram decisivas para o baixo índice.

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