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A fabricante de alumínio norte-americana Alcoa está vulnerável para uma aquisição após a rival canadense Alcan recusar sua oferta hostil no valor de 29 bilhões de dólares em troca de um acordo com a Rio Tinto.

A BHP Billiton é uma possível compradora para a Alcoa, segundo analistas e fontes próximas ao assunto, e os papéis da Alcoa atingiram nova máxima, assim como os da Alcan, que assinou um acordo no valor de 38 bilhões de dólares com a mineradora anglo-australiana nesta quinta-feira.

No entanto, a BHP apenas ficaria interessada nas atividades de mineração da Alcoa, e não nos negócios de embalagens e de produtos de derivados do metal, segundo as fontes. Alcoa e BHP se recusaram a comentar.

A Alcoa pode precisar ficar no conselho para que qualquer aquisição tenha sucesso no entanto devido às leis de aquisição da Pennsylvania que permitem às empresas rejeitar mais facilmente qualquer ataque indesejado.

As ações da Alcoa tocaram novo pico histórico e mais tarde operavam a 45,29 dólares, uma alta de 6,7 por cento, na bolsa de valores de Nova York.

"É uma grande melhoria na proposta da Alcoa", disse Tom Gidley-Kitchin, analista do Charles Stanley. "Ela coloca a estratégia da Alcoa em dúvida (e) a torna vulnerável a uma proposta da BHP Billiton."

Outros possíveis movimentos da Alcoa depois da proposta da Alcan incluem o aumento da oferta, agora no valor de cerca de 77,09 dólares por ação em papéis e dinheiro -valor 24 dólares abaixo da oferta da Rio- ou buscar outras aquisições que afastassem um comprador indesejado.

Além de superar a proposta da Rio Tinto no valor de 38 bilhões de dólares em dinheiro, a Alcan teria de pagar 1 bilhão de dólares a mais para cobrir a taxa de desistência. A empresa também teria de atender exigências sociais e políticas locais, que foram sugeridas pela Rio Tinto, além de superar barreiras antitruste.

A Alcan já foi subsidiária canadense da Alcoa, antes de a empresa norte-americana retirar seus investimentos no exterior antes da Segunda Guerra Mundial.

"Eu não vejo como eles (Alcoa) podem se equiparar a essa proposta", afirmou um operador.

Sem a Alcan, disse ele, a Alcoa ficaria ao relento. "Eu não sei se a Alcoa tem outras opções", disse ele, alertando que sobraram poucas empresas de alumínio para a Alcan comprar, dada a consolidação no setor.

Os analistas afirmaram que o acordo com a Rio Tinto colocou a Alcoa no foco da BHP, estimulando o avanço das ações da Alcoa e movimentos no mercado de opções.

"O acordo tira a Alcan das mandíbulas da Alcoa naquilo que tinha se tornado uma briga complexa. Os operadores agora estão concentrados na probabilidade de uma oferta da BHP Billiton (BHP)", declarou Andrew Wilkinson, analista-sênior da Interactive Brokers Group, em seu comentário diário.

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