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O preço do álcool teve aumento médio de 10% no fim de 2006, mais de três vezes a inflação do ano passado. Quem enche o tanque com álcool vai gastar em média R$ 5 a mais. Em Goiânia, nos últimos dias, litro passou de R$ 1,33 para R$ 1,48, um alta de 11,2%. Em São Paulo, a alta foi de dez centavos. O litro chega a um R$ 1,59, um aumento superior a 8% em pouco mais de uma semana.

O período de férias faz aumentar o consumo de álcool, justamente no período de entressafra da cana-de-açúcar, o que normalmente pressiona os preços. A diferença é que o Brasil nunca produziu tanto álcool como agora e, por isso, os donos de postos alegam que não há justificativa para o reajuste de preços feitos pelos usineiros.

- Eles não conseguiram colocar 25% de álcool na gasolina como queriam. Talvez seja um meio de buscar o lucro - diz o presidente do Sincopetro José Alberto Paiva Gouvêa.

Os usineiros rebatem e dizem que quem regula os preços é o mercado e que deve continuar subindo.

- Vai até o ponto em que o consumidor aceite. Hoje, o grande regulador de mercado é o proprietário do carro flex. A partir do momento que o álcool deixar de ser vantagem em relação à gasolina, com certeza ele deixará de abastecer seu veículo com álcool e isso voltará a regular o mercado - afirma o diretor técnico da Única Antônio de Pádua.

Surpreso, o consumidor reclama.

- É um absurdo, apesar de o Brasil ser o maior produtor de cana de açúcar, esse preço no álcool aqui pra gente - diz o vendedor Alexandre Galiotti.

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