A Alemanha está se recusando a aceitar as novas regras sobre capital e liquidez dos bancos, até conseguir um melhor tratamento para as redes de bancos de poupança e cooperativos do país, segundo informaram pessoas próximas do assunto.
Martin Kreienbaum, porta-voz do Ministério de Finanças alemão, afirmou que as negociações sobre o assunto ainda estão em andamento e que um acordo deverá ser alcançado na cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), marcada para novembro.
O governo alemão também está preocupado com a liberdade que as regras até agora acordadas dão aos bancos de investimento dos Estados Unidos para conduzirem atividades fora de seus balanços financeiros, segundo uma fonte. Ontem, o Comitê sobre Supervisão Bancária da Basileia anunciou que chegou a um acordo prévio sobre as linhas gerais dos novos padrões de capital e liquidez dos bancos, que pretendem evitar uma repetição da crise financeira que devastou economias dos EUA e da Europa nos últimos anos. Mas o comitê informou que "um país ainda tem preocupações".
Um ponto de preocupação particular é a diferença de opinião sobre como calcular o capital regulatório de um banco no futuro, em razão do frequente uso na Alemanha de "participações silenciosas" e "depósitos silenciosos". Esses instrumentos têm um papel particular na estrutura de capital de muitos bancos de poupança alemães e de bancos cooperativos.
Indicações preliminares sugerem que o Comitê da Basileia quer restringir a definição de capital "Tier 1 principal" a títulos pagos e reservas de caixa conhecidas. O atual acordo de Basileia II permite que os bancos contabilizem as participações silenciosas como capital Tier 1.
Os bancos de poupança e cooperativos representam duas parcelas do "sistema de três pilares" que tem sido alimentado pela Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial. Eles estão particularmente representados no mercado de depósitos de varejo e no crédito para pequenas e médias empresas.
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