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São Paulo – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,98% em agosto, aumento expressivo em relação ao resultado de julho, quando a alta foi de 0,28%. Segundo os dados divulgados ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços dos alimentos continuam a pressionar e os gastos com habitação ganharam força neste mês. Trata-se da maior variação mensal do IGP-M desde agosto de 2004, quando o índice apontou alta de 1,22%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,39% neste mês, contra aumento de 0,34% em julho. Os preços no grupo Habitação tiveram a maior alta, saindo dos índices negativos – no mês passado houve deflação de 0,24% – para alta de 0,17%, em razão dos aumentos registrados nas taxas de variação dos itens tarifa de eletricidade residencial (-2,56% para -1,62%) e tarifa de telefone residencial (0,53% para 1,81%).

O grupo Alimentação, no entanto, manteve-se como o de maior peso, com alta de 1,24% neste mês – ligeiramente acima do 1,23% registrado em agosto. A ligeira variação se deveu, segundo a FGV, a movimentos com sentidos opostos em alguns de seus principais itens, tais como hortaliças e legumes (-6,78% para 1,42%) e frutas (4,38% para 6,44%).

O Índice de Preços por Atacado (IPA) variou 1,31%, um aumento também expressivo em relação a julho (quando teve alta de 0,26%). Segundo a FGV, os preços do grupo Matérias-Primas Brutas foi o que puxou para cima o indicador, passando de 1,58% em julho para 4,26% neste mês.

Nesse grupo, os preços do leite in natura continuaram a pressionar, subindo 10,62%, contra 9,73% em julho. Os itens milho em grão (-1,31% para 6,34%), laranja (-11,73% para 10,53%) e tomate (-22,81% para 40,29%) também exerceram pressão sobre os preços do grupo.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em agosto, taxa de variação de 0,35%, acima do resultado do mês anterior (0,21%). A aceleração foi conseqüência de reajustes salariais, por ocasião da data-base, nas cidades de Porto Alegre e Curitiba. A taxa do índice referente ao grupo Materiais repetiu o resultado da última apuração, 0,25%, enquanto a do grupo Serviços apresentou decréscimo, passando de 0,83% para 0,68%.

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