ALL e Cattalini fecham parceria para combustíveis

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A América Latina Logística (ALL) e a Cattalini Terminais Marítimos fecharam uma parceria para transportar combustíveis importados via Porto de Paranaguá por meio dos trilhos da ALL até Curitiba, interior do Paraná e de São Paulo. Hoje as duas empresas trabalham juntas na exportação de álcool que vem das usinas do interior.

Estimado em R$ 10 milhões, o projeto prevê a construção de um acesso ferroviário para carregamento de diesel e gasolina em Paranaguá e distribuição para Curitiba, Guarapuava, Londrina, Maringá e Cascavel, além de Ourinhos e Presidente Prudente, no interior paulista. A estrutura, prevista para ficar pronta em março de 2013, deve reduzir significativamente o transporte de combustíveis por rodovias.

Segundo o coordenador de líquidos da ALL, Raphael Bozza, a preocupação com o cenário da distribuição de combustíveis fez com que a empresa buscasse a parceria para oferecer uma alternativa menos poluente e mais barata. "Uma composição com 60 vagões tem capacidade para transportar o equivalente a 95 caminhões", detalhou ele. Enquanto um caminhão transporta 35 mil litros de combustíveis, um vagão consegue levar 55 mil litros.

Para 2013, a ALL projeta movimentar 30 milhões de litros de combustíveis por mês, embora haja capacidade instalada para 60 milhões de litros mensais. Em 2011, 160 milhões de litros de combustíveis chegaram ao país pelo Porto de Paranaguá e para este ano estão previstos 340 milhões de litros. A meta da empresa é transportar 100% do volume importado em 2012.

Importações em alta

Uma estimativa do Sin­­dicato Nacional das Dis­tribuidoras de Com­bustíveis e de Lubri­ficantes (Sindicom) apontou que a venda de combustíveis deve fechar 2012 com um crescimento seis vezes maior do que o Produto Interno Bruto (PIB). A produção interna no limite, o aumento do consumo de combustíveis somado a política de preços do governo, que impede reajustes ao consumidor final, fizeram com que a importação de gasolina triplicasse até setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2011. E a importação de combustíveis deve continuar crescendo. Segundo cálculos do Centro de Brasileiro de Infraestrutura, nos próximos cinco anos, 20% do consumo brasileiro virão de outros países.