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A recuperação das bolsas de valores durante a tarde permitiu que o dólar terminasse a quinta-feira perto da estabilidade, anulando a alta do início da manhã em meio a um ambiente de preocupação com a Grécia.

A moeda norte-americana teve ligeira baixa de 0,06 por cento, para 1,777 real. No mês, o dólar acumula queda de 0,22 por cento e, no ano, alta de 1,95 por cento.

Na máxima do dia, o dólar chegou a valer 1,789 real.

"(A recuperação do real) foi basicamente em função da virada das bolsas", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Enquanto o dólar fechava no Brasil, o Ibovespa subia mais de 1 por cento, após começar o dia em leve alta, e os índices em Nova York avançavam 0,4 por cento, depois de abrirem em baixa.

De acordo com profissionais de mercado, um dos principais motivos para o fôlego da Bovespa --cujo principal índice tem se mantido nos maiores níveis em 22 meses-- tem sido o interesse de estrangeiros em ativos brasileiros. Segundo dados da bolsa, o fluxo internacional para o mercado acionário brasileiro em abril subiu para 1,08 bilhão de reais no dia 6.

O ímpeto foi freado no começo do dia por causa do medo de que a Grécia não honre os compromissos que tem para os próximos meses. O país, mesmo com o pacote de ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, ainda desperta a desconfiança do mercado por conta da situação do sistema financeiro local, que pediu ajuda ao governo.

O prêmio cobrado pelo mercado para investir em títulos gregos, e não nos alemães, bateu pela manhã o recorde desde a criação do euro. Mais tarde, no entanto, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, tranquilizou um pouco o mercado ao afastar a chance de uma moratória do país.

De acordo com o operador de câmbio de um banco local, que preferiu não ser citado, a alta do dólar durante a manhã também pôde ser atribuída a operações pontuais de saída de moeda.

"Depois o mercado lá fora reagiu e aqui, sem mais fluxo (de saída), foi junto", causando a leve baixa do dólar, disse.

Apesar de eventuais saídas de recursos, a perspectiva atual ainda é de ingresso de dólares no curto prazo, principalmente por emissões de dívida e ofertas de ações. Nesta quinta, fontes afirmaram à Reuters que o Banco Panamericano e o BicBanco planejam vender bônus de 10 anos em dólares ainda neste mês.

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