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Sem grandes disputas, e com presença maciça das empresas controladas pela Eletrobrás, o leilão de linhas de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teve um deságio médio de 37,61% nos seis lotes dos sete oferecidos. O lote D, referente a linhas de transmissão na área metropolitana de Porto Alegre, que não recebeu propostas, deverá ser reavaliado e licitado novamente, informou o diretor da Aneel Edvaldo Santana. "O lote é totalmente urbano e pela primeira vez licitamos um trecho subterrâneo. Vamos avaliar melhor esta oferta", comentou.

Em entrevista à imprensa, Santana afastou a hipótese de o leilão ter sido influenciado pela crise internacional. A possibilidade de reflexo da recessão econômica nos resultados do leilão pairou durante todos os bids, já que as espanholas sempre agressivas nas disputas anteriores, apresentaram propostas com deságio pequeno e perderem em grande margem paras empresas controladas pelo grupo Eletrobrás.

"Sempre atuamos bastante conscientes e nunca oferecemos deságios prejudiciais aos nossos resultados. Neste leilão não foi diferente. Os valores comprometidos são absolutamente satisfatórios", disse o presidente da Chesf, Dilton da Conti.

A espanhola Neoenergia foi a única de fora do grupo Eletrobrás arrematar duas subestações na Bahia com o maior deságio num leilão de linhas realizado pela Aneel desde 2001, de 60%. "Não dá para falar em impacto da recessão, ou em crise, se a média do deságio fica próxima a 40% e uma empresa privada estrangeira chega a 60%", comentou. Para ele, o menor índice de competição entre os participantes (nenhum lote chegou a ir ao viva voz) se deve ao tamanho dos empreendimentos. "São obras de pequeno porte. Os investimentos totais não chegam a R$ 70 milhões. Só saberemos do impacto de uma crise externa no caso de grandes empreendimentos, como o Madeira, Belo Monte ou outros em que os investimentos fiquem na casa dos bilhões", avaliou.

Pouco antes da entrevista, o diretor de Engenharia e Planejamento da Eletrobrás, Valter Cardeal, comentou o desempenho da holding no leilão. "Foram pequenos lotes e nada do que fizemos foi completamente extraordinário", disse. Sobre a recessão econômica mundial, Cardeal foi taxativo e confiante, referindo-se ao país como um todo e não exclusivamente ao setor elétrico ou à Eletrobrás. "A crise não nos pegou e nunca vai nos pegar.

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