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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta segunda-feira (7) que a tarifa de energia elétrica terá um reajuste médio de 3,5% neste ano.
De acordo com a Aneel, a taxa está abaixo da projeção de 5,1% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e de 5,6% do Indíce Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o IBGE. As informações constam na 1ª edição do boletim trimestral InfoTarifa.
No documento, a agência detalha os fatores que influenciam no cálculo das tarifas. Um dos principais pontos é a previsão de R$ 41 bilhões para o orçamento da Conta de Desenvolvimento Enérgico (CDE) em 2025. A CDE é responsável por financiar subsídios e ações do setor elétrico, e o seu valor tem impacto nas tarifas pagas pelos consumidores.
Segundo o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, a agência passará a divulgar trimestralmente um boletim com informações atualizadas sobre os processos de reajuste tarifário das distribuidoras de energia.
“Nosso objetivo é proporcionar à sociedade previsibilidade e transparência quanto aos impactos no cálculo das tarifas, e a ideia é atualizar esse panorama trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados”, explicou Feitosa.
O boletim revela que, nos últimos 15 anos, as tarifas de energia elétrica tiveram um crescimento inferior ao da inflação medida pelos índices IGP-M e IPCA. Por outro lado, os encargos setoriais — que são definidos por leis e compõem parte da conta de luz — registraram um aumento superior a 250% no mesmo período.
Os reajustes das tarifas são compostos por diferentes custos, como:
- encargos e tributos;
- distribuição (parcela B);
- geração e transmissão da energia.
Os percentuais exatos de reajuste ainda serão estabelecidos ao longo do ano, de acordo com o calendário individual de revisão tarifária de cada empresa distribuidora.
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