A Petrobras foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) a comercializar gasolina com maior teor de etanol na mistura. A proposta é realizar testes com uma frota limitada de veículos de duas montadoras com o teor de 27,5% de etanol anidro na mistura da gasolina. A comercialização terá validade de 190 dias contados a partir desta quinta-feira (11).
A decisão aconteceu na última reunião de diretoria, no dia 3 de setembro. O aumento da mistura de etanol anidro na gasolina é uma medida para aliviar o caixa da companhia, em função da defasagem no preço doméstico do combustível em comparação aos valores no mercado internacional. A medida já vinha sendo estudada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e agora entra na fase final de testes.
De acordo com a decisão da ANP, a gasolina C será constituída de 72,5% de gasolina e 27,5% de etanol anidro. A autorização é válida somente para a Petrobras Distribuidora em contratos específicos com as montadoras Volkswagen e Caoa, representante da Hyundai. A decisão limita a 525 mil litros consumidos no total, divididos entre as duas montadoras.
O presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, disse que essas análises devem terminar no final de setembro ou, "no mais tardar", em outubro. Ainda de acordo com ele, os testes ocorrem no Centro de pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro, e em um laboratório no Paraná. No último dia 2, o Senado aprovou a Medida Provisória 647, que autoriza elevar a banda de mistura de anidro na gasolina de 18% a 25% para de 18% a 27,5%. A MP foi enviada para sanção da presidente Dilma Rousseff. Rocha ressaltou estar "otimista" quanto à aprovação da medida, mas ponderou que só após os testes se discutirá a elevação do porcentual.
Em evento na semana passada, Plínio Nastari, presidente da Datagro, uma das maiores consultorias de açúcar e etanol do mundo, disse que a mistura de 27,5% geraria uma demanda adicional de anidro de 1,2 bilhão de litros.
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